Question

2. Leia o poema a seguir e faça o que se pede:




Pandemia



E ao amanhecer do dia,

Eis que da terra

Do sol nascente

Surge no ar um demônio

Aterrorizando toda a gente.

Silencioso e invisível,

Flutua no vento,

Devastador e sem critérios,

Não se fazendo de rogado,

Tampouco fazendo mistérios.

De Leste a Oeste,

De Sul a Norte,

Este vírus, esta peste

Vem espalhando a morte.

Europa, Ásia, África,

América, Oceania

Choram tristes tantas perdas

Por culpa da pandemia.

Rotinas adulteradas,

Cidades desertas e assustadas,

Tratamento ineficiente

Para atender tantos doentes.

Toque de recolher!

Novas rotinas, isolamento, dor!

Silêncio sepulcral

E a morte espreita os leitos do hospital

O mundo agoniza nessa roleta russa

Sorte lançada, sustos:

Dou-lhe uma,

Dou-lhe duas,

Dou-lhe três...

Chegou a sua vez!

E nossos velhinhos tornam-se números...

Entornam-nos, numerosos pelas calçadas.

Pilhas de corpos.

Piras, assepsia, incineração.

Velório não há!

Sem despedidas...

Sequer um aceno de mão...

Nada de adeus!

Ah, Deus, afasta de mim este caos!



(Paulo Pazz)



a.
Qual é a situação descrita no poema? Justifique com versos dele extraídos:

Answer 1

Resposta:

no meio de uma pandemia mundial