2. Esse texto foi escrito há algum tempo, na década de 1980. Responda:
a) Estar "vestido de mensageiro" corresponde a que profissão hoje?
b) Por que não existe mais essa profissão? Explique.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A)Corresponde a profissão carteiro
B)Por que antigamente, o único meio de comunicação a distância entre as pessoas era por meio de cartas. ... Porém, coma globalização, surgiram outros meios facilitadores de comunicação uso de cartas caiu dps dessas comunicação. Com isso, não faz muito sentido ter a profissão, Sendo que são raros os que escrevem cartas
Explicação:
Amei a foto de perfil,é do Bts????Se não for ameii do mesmo jeito
Espero ter ajudado:)
Questões referente a crônica "O CARIOCA E A ROUPA" de Paulo Mendes Campos.
A) No texto ao se referir a "mensageiro" o autor falava sobre à profissão de office boy, ou contínuo. Hoje quem realiza as funções do mensageiro é o motoboy.
B) O office boy era encarregado de levar documentos, recados de uma repartição ou setor de uma empresa para outro setor ou outra empresa. Com o avanço da tecnologia, muitas atividades feitas pelo office boy são hoje feitas através de e-mail e/ou vídeo conferência.
Gênero textual - Crônica
A crônica é um gênero textual que retrata os acontecimentos da vida cotidiana com humor e leveza. O texto é escrito em linguagem simples e normalmente são curtos e com pouco personagens.
Esse gênero textual mescla o estilo jornalístico e o literário pois aborda temas e situações que ocorrem no dia a dia porém com um toque literário e são geralmente publicadas em jornais e revistas. Dentre os primeiros cronistas brasileiros estão Machado de Assis e José de Alencar.
Assim podemos concluir que as crônicas são um tipo de gênero textual textos que nos contam sobre os acontecimentos do dia a dia de forma leve e com humor.
Leia a cônica que está faltando aqui:
CRÔNICA: O CARIOCA E A ROUPA
Paulo Mendes Campos
[...] Deu-se comigo outro dia uma experiência engraçada: fui ao centro da cidade de blusa, coisa que me aconteceu várias vezes, mas só então acrescida de um pormenor que introduziu um caráter inédito à situação: levava debaixo do braço uma pasta de papéis, feita de nylon.
Sim, pela primeira vez fui à cidade de blusa e pasta. Qualquer um desses fatores quase nada significa isoladamente; reunidos, alteraram radicalmente o tratamento que me deram todas as pessoas desconhecidas.
Quando tomei um táxi, vi que o motorista torceu a cara, mas não percebi o que se passava, pois experimentei semelhante má vontade em outras circunstâncias. Reparei também certa estranheza do motorista quando lhe dei de gorjeta o troco, mas permaneci opaco ao fenômeno social que se realizava. Em um restaurante comum, sentei-me para almoçar. O garçom, que até então eu não vira mais gordo, tratou-me com uma intimidade surpreendente e, em vez de elogiar os pratos pelos quais eu indagava, entrou a diminuí-los: “aqui a gororoba é uma coisa só; serve para encher o bandulho”. Não sou de raciocínio rápido mas, em súbita iluminação, percebi, com todo o prazer da novidade, que eu estava vestido de mensageiro: pasta e blusa. Ao longo da tarde, fui compreendendo que, até hoje, não tinha a menor ideia do que é ser um mensageiro. Pois eu lhes conto. Um mensageiro é, antes de tudo, um triste. Tratado com familiaridade agressiva pelos epítetos de “amigo”, “chapa” e “garotão”, o que há de afetivo nestes nomes é apenas um disfarce, pois atrás deles o tom de voz é de comando. “Quer deixar o papai trabalhar, garotão”, disse-me o faxineiro de um banco, cutucando-me os pés com a ponta da vassoura.
Entendi muitas outras coisas humildes: o mensageiro não tem direito a réplica; é barrado em elevadores de lotação ainda não atingida; posto a esperar sem oferecimento de cadeira; atendido com um máximo de lentidão; olhado de cima para baixo; batem-lhe com vigor no ombro para pedir passagem; ninguém lhe diz “obrigado” ou “por favor”; prestam-lhe informações em relutância; as mulheres bonitas sentem-se ofendidas com o olhar de homenagem do mensageiro; os vendedores lhe dizem “não tem” com um deleite sádico.
Foi uma incursão involuntária à natureza de uma sociedade dividida em castas. Preso à minha classe e a algumas roupas, dizia o poeta, vou de branco pela rua cinzenta. No fim da tarde, eu já procedia como um mensageiro, só me aproximando dos outros com precauções e humildade, recolhendo de meu rosto qualquer veleidade de um sorriso inútil, jamais correspondido. Dentro de mim uma vontade de sofrer. Por todos os mensageiros do mundo, meus irmãos. Por todos os meus irmãos para os quais a humilhação de cada dia é certa como a própria morte. Porque o pior de tudo é que as pessoas não sorriam. O pior é que ninguém sorri para os mensageiros.
CAMPOS, Paulo Mendes. Crônicas. São Paulo: Ática,1982. (Para gostar de ler,5)
Aprenda um pouco mais sobre o gênero textual - crônica aqui: brainly.com.br/tarefa/40794377
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