2) Escreva com suas palavras o que você considera importante no poema “NÃO HÁ VAGAS”.
Poema - Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema.
O preço do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão.
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”.
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço.
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
GULLAR, Ferreira. Não há vagas. In: Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
o desabafamento do criador dizendo coisas que realmente ocorre na sociedade como fome, desemprego e preços absurdos.
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