2. Como podemos descrever a distribuição espacial da mortalidade infantil no Brasil?
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Resposta:
RESUMO
A distribuição geográfica dos agravos à saúde e sua relação com potenciais fatores de risco vêm abrindo um vasto campo para a investigação epidemiológica. O presente estudo visa a identificar padrões de distribuição espacial dos componentes neonatal (TMIN) e pós-neonatal (TMIP) da taxa de mortalidade infantil (TMI) dos municípios do Ceará, Brasil, e discute os principais fatores sócio-econômicos, demográficos e de atenção à saúde que contribuíram para dependência espacial destes componentes. Trata-se de um estudo ecológico transversal, utilizando regressão linear múltipla, cuja análise espacial desses componentes foi obtida através do índice de Moran. Conclui-se que as condições de assistência à gravidez, ao parto e ao recém-nascido somadas a uma melhor distribuição de renda são decisivas para a sobrevivência no primeiro mês de vida, enquanto que a má alimentação, imunização, saneamento, educação e situação econômica são possíveis determinantes da mortalidade pós-neonatal. Reconhece-se a importância que as ações de atenção seletiva à saúde exercem para o declínio da TMI. No entanto, mudanças estruturais e intersetoriais são as que irão gerar a sustentabilidade necessária para levar esse indicador ao nível dos países desenvolvidos.