Artes, perguntado por s4brinna, 6 meses atrás

2. Como os índios utilizam a cestaria?​

Soluções para a tarefa

Respondido por msantanadossantos10
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Resposta:

os índios utiliza para transporta objetos ou armazenar alimentos

Respondido por eduardamoreira85
0

Resposta:

As sociedades indígenas no Brasil são detentoras das mais variadas técnicas de confecção de trançados, utilizando-se delas para a confecção de cestos, que estão entre os objetos mais usados, pois estão associados a vários fins.

A cestaria produzida e utilizada por uma determinada sociedade indígena está associada à sua cultura, principal característica humana.

A cultura de um povo é como um código simbólico compartilhado por todos os homens, mulheres e crianças do mesmo grupo social. É através da cultura que todas as pessoas atribuem significado ao mundo e às suas vidas, pensam suas experiências diárias e projetam seu futuro. É, portanto, um código dinâmico que se transforma ao longo do tempo e através do espaço, dando sentido à própria vida, do nascimento até a morte, de todos os membros de uma mesma sociedade.

A cestaria diz respeito ao conhecimento tecnológico, à adaptação ecológica e à cosmologia, forma de concepção do mundo daquelas sociedades. O conjunto de objetos incorporados à vivência de uma determinada sociedade indígena expressa concretamente significados e concepções daquela sociedade, bem como a representa e a identifica. Enquanto arte, em cada peça produzida existe também uma preocupação estética, identificando o artesão que a produziu e aquela sociedade da qual ela é cultura material.

Para uso e conforto doméstico, podem-se citar os cestos-coadores, que se destinam a filtrar líquidos; os cestos-tamises, que se destinam a peneirar a farinha e os cestos-recipientes, que se destinam a receber um conteúdo sólido ou armazená-lo, sendo também utilizados para a caça e a pesca, para o processamento da mandioca, para o transporte e para a guarda de objetos rituais, mágicos e lúdicos.

Os cestos cargueiros, como diz o nome, destinados ao transporte de cargas, apresentam uma alça para pendurar na testa e têm o formato paneiriforme, com base retangular e borda redonda, sendo conhecido pelo nome de aturá. Também são muito utilizados os cestos- cargueiros de três lados, jamaxim, que dispõem de duas alças para carregar às costas, tipo mochila. Em geral, esse cesto suporta até dez quilos de mandioca.

Em algumas sociedades indígenas, a confecção dos cestos é tarefa, exclusivamente, masculina e sua utilização, essencialmente, feminina. Em outras, sua execução e utilização são tarefa de ambos os sexos, como entre os Guarani que vivem em Bracuí, município de Angra dos Reis no Rio de Janeiro. Os cestos-recipientes Guarani são confeccionados de lasca de taquara previamente pintada, em trama cerrada, apresentando desenhos geométricos representativos de losangos. Em geral, apresentam as cores verde, rosa, roxo, vermelho, amarelo e azul e possuem tampa. A venda desse tipo de artesanato, no acostamento da Estrada Rio-Santos, é uma importante fonte de renda para a sobrevivência das famílias Guarani.

Para os Wayana e Apalaí, que vivem no norte do Pará, na região do Tumucumaque, são somente os homens que, na divisão social e sexual do trabalho, devem confeccionar os cestos feitos de fasquias do arbusto arumã. Cabendo às mulheres sua utilização nas tarefas domésticas, na colheita e transporte de alimentos da roça para a aldeia e na pesca.

O cesto- recipiente de uso mais comum entre as mulheres wayana é denominado poraxi e serve para guardar algodão, miçangas, novelos, agulhas, tesouras e objetos diversos. Somente os homens, e de forma estritamente individual, utilizam um cesto comprido com alça de algodão e tampa encaixante denominado pakará. É feito de folha de palmeira e se destina a armazenar pequenas facas, algodão, remédios, miçangas, agulhas , penas de mutum para flechas e diversos objetos do universo masculino. Segundo a tradição Wayana, quando um artesão morre, todos os seus pertences devem ser jogados fora, queimados ou enterrados com ele. O pakará é o único bem que um filho pode herdar de seu pai morto.

Explicação:

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