2-"Cabo de enxada engrossa as mãos - o laço de couro cru, machado e foice também. Caneta e lápis são ferramentas muito delicadas. A lida é outra: labuta pesada, de sol a sol, nos campos e nos currais (...) Ler o quê? Escrever o quê? Mas agora é preciso: a eleição vem aí e o alistamento rende a estima do patrão, a gente vira pessoa." (Palmério, Mario. VILA DOS CONFINS). Com base no texto é correto afirmar que, na República velha,
a) o predomínio oligárquico, embora vinculado à manipulação do processo eleitoral, estava longe de estabelecer qualquer compromisso entre "patrão" e empregados.
b) a campanha eleitoral levada a cabo pelos chefes políticos locais visava a atingir, principalmente, os trabalhadores urbanos já alfabetizados e menos embrutecidos pela "labuta pesada".
c) a transformação operada no trabalhador durante o período eleitoral representava a marca de um sistema político que estendia o poder dos grandes proprietários rurais, dos "campos e currais", aos Municípios e, daí, à capital do Estado.
d) o predomínio oligárquico, baseado em favores pessoais, buscava, sobretudo, dissolver os focos de tensão social e oposição política, representados nas diversas formas de organização dos trabalhadores rurais naquele momento. e) o período eleitoral era o único momento em que os chefes locais se voltavam para os seus subordinados, impondo-lhes seus candidatos e dispensando-os dos trabalhos que "engrossavam as mãos".
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra A
Explicação:
Podemos apontar que no contexto da República Velha havia o predomínio oligárquico que realizava uma manipulação do processo eleitoral, mas não possuía nenhum tipo de compromisso entre "patrão e empregado". Percebemos no exemplo da propaganda que a campanha era dirigida para a população das zonas rurais e não às pessoas das cidades, sendo um momento em que a comunicação voltava-se ao povo ruralizado, algo raro.
Resposta:
LETRA E
Explicação:
A questão refere-se ao fenômeno que estava na base da política do café com leite: o coronelismo. Os líderes locais, chamados de “coronéis”, garantiam que o processo eleitoral durante o período da República Velha atendesse aos interesses das oligarquias regionais. Essa garantia era dada pelos recursos usados contra a população votante, geralmente composta por pessoas social e economicamente dependentes do “coronel”. Entre esses recursos, estava a coerção e a ameaça.