: 2) Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, é o poeta da simplicidade natural da vida, e, para ele, o mundo se reduz àquilo que pode ser captado pelos sentidos. Assinale os versos que melhor ilustram o contato do autor com a natureza:
a) Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso
sem estorvo,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos.
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.
Essas daí olha que é pra fazer
: O eu lírico do poema expõe uma determinada concepção de realidade e de verdade. Atente
para o percurso claro, simples e lógico presente no texto: primeiro o sujeito poético se apresenta (ele é um homem do campo, que tem como função guardar rebanhos); depois, explica o que são seus pensamentos e dá exemplos.
Infira: o que seriam realidade e verdade para o eu lírico?
a) Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso
sem estorvo,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos.
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.
b) A guerra, como todo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e
alterar muito.
E alterar depressa.
c) Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de onde dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos.
Com as cousas humanas postas desta maneira.
d) Seja o que for que esteja no centro do Mundo,
Deu-me o mundo exterior por exemplo de Realidade,
E quando digo “isto é real”, mesmo de um sentimento,
Vejo-o sem querer em um espaço qualquer exterior,
Vejo-o com uma visão qualquer fora e alheio a mim.
e) O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda.
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Resposta:
Explicação:A resposta é a (E)
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