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Atividade 6
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
Arrastaram-se para lá, devagar, sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió1 a tiracolo [...]. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás.
Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão.
[...] Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.
[...] Fabiano [...] pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, [...]. [...] E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.
Vocabulário:
1 aió: bolsa feita de fibras.
RAMOS, Graciliano. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2015. Fragmento.
Texto 2
– Bem me diziam que a terra
se faz mais branda e macia
quando mais do litoral
a viagem se aproxima.
Agora afinal cheguei
nesta terra que diziam.
Como ela é uma terra doce
para os pés e para a vista.
Os rios que correm aqui
têm a água vitalícia.
Cacimbas por todo lado;
cavando o chão, água mina.
Vejo agora que é verdade
o que pensei ser mentira.
Quem sabe se nesta terra
não plantarei minha sina?
Não tenho medo de terra
(cavei pedra toda a vida),
e para quem lutou a braço
contra a piçarra da Caatinga
será fácil amansar
esta aqui, tão feminina. [...]
Por onde andará a gente
que tantas canas cultiva?
Feriando: que nesta terra
tão fácil, tão doce e rica,
não é preciso trabalhar
todas as horas do dia,
[...] os meses todos da vida. [...]
MELO NETO, João Cabral de. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2015.
Esses textos têm em comum o fato de fazerem referência
à chegada do retirante à terra de destino.
às dificuldades enfrentadas em viagens.
às qualidades da terra sonhada.
à busca por uma vida melhor longe da seca.
à relação entre pai e filho.
Soluções para a tarefa
Resposta: À qualidades da terra sonhada.
Explicação:
Pode confiar
O que os textos apresentados têm em comum está posto na letra D) à busca por uma vida melhor longe da seca.
Os dois textos apresentados dissertam sobre a procura dos indivíduos em uma terra onde não há seca. Mesmo que se refiram sobre o mesmo assunto, ambos se desenvolvem de maneira diferente.
O texto 1 fala sobre uma caminhada onde indivíduos possuem o objetivo de ir em busca de terras que não tenham a seca. No texto, se percebe a dor e o sofrimento das pessoas que vivem na seca.
O texto 2 disserta sobre um indivíduo que, no caso, já teria chegado em uma região onde não há seca, e no desenvolvimento do texto, o eu lírico aponta as diferenças existentes entre os dois locais em que conviveu, apontando as características do novo lugar em que se encontra.
Leia mais sobre a seca em:
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