17-As vezes eu ligo o radio e danço com as crianças, simulamos uma luta de boxe. Hoje comprei marmelada para eles. Assim que dei um pedaço a cada um percebi que eles me dirigiam um olhar terno. E o meu João José disse:
— Que mamãe boa!
Quando as mulheres feras invade o meu barraco, os meus filhos lhes joga pedras. Elas diz:
— Que crianças mal iducadas!
Eu digo:
— Os meus filhos estão defendendo-me. Vocês são incultas, não pode compreender. Vou escrever um livro referente a favela. Hei de citar tudo que aqui se passa. E tudo que vocês me fazem. Eu quero escrever o livro, e vocês com estas cenas desagradaveis me fornece os argumentos.
JESUS, C. M. Quarto de despejo. Edição popular, 1963. p. 17.
O diário de Carolina Maria de Jesus, catadora de papel e residente na favela do Canindé, em São Paulo, retrata o seu cotidiano, seus sonhos e sua relação com os demais moradores da favela. No diálogo acima, reproduzido por Carolina em seu diário, a narradora
A
registra o falar regional típico de migrantes que viviam em São Paulo.
B
marca uma aproximação entre as mulheres indicada por sua classe social.
C
estabelece uma relação afetiva, aproximando seu falar do falar das mulheres feras.
D
imita o falar das “mulheres feras”, pois do contrário elas seriam incapazes de compreender.
E
ironiza os desvios linguísticos cometidos pelas mulheres, marcando um distanciamento entre ela e as mulheres.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
alternativa E, simulado do plurall ta complicado
Explicação:
anglosimulado:
muitoooo
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