15 frases empregando adjetivos eruditos
Soluções para a tarefa
1 – A base do nosso léxico é formada por vocábulos latinos que, com as modificações de séculos de uso, somadas à influência dos substratos lingüísticos existentes na Península Ibérica antes da invasão romana, evoluíram até tomar a forma que hoje têm. Assim como uma brilhante moeda de cobre, recém-cunhada, vai perdendo o brilho e a efígie, e vai ficando mais fina e sem a serrilha das bordas, sob a ação do tempo e do uso, assim palavras latinas como “insula”, “pluvia” ou “hibernus” foram sofrendo também essa erosão do tempo e do uso, resultando nos vocábulos ilha, chuva e inverno, respectivamente. Esses vocábulos, por sua vez, começam a produzir derivados, já dentro dos processos habituais do Português (ilhéu, ilhado; chuveiro, chuvoso, chuvarada; invernada, invernia), e vão continuar produzindo enquanto a nossa for uma língua viva.
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2 – Todos sabem que, até o Renascimento, os tratados de Ciência, de Filosofia e de Teologia só eram escritos em Latim, usando-se as línguas modernas (o Francês, o Português, o Espanhol) só para poesia, narrativas de viagens e, é óbvio, para as comunicações e os registros indispensáveis à vida quotidiana. Nos séculos XV e XVI, no entanto, começam a ser escritos os primeiros tratados em “vulgar” (assim os eruditos classificavam a língua nacional de cada país), o que trouxe duas conseqüências importantíssimas: em primeiro lugar, permitiu a todo cidadão alfabetizado o acesso a um saber que antes era privilégio dos latinistas; em segundo lugar, obrigou as línguas modernas a ampliarem consideravalmente o seu vocabulário, a fim de poder exprimir as idéias que antes só eram expressas em Latim. É o caso dos adjetivos eruditos: nossos escritores humanistas, ao formá-los, utilizaram os radicais latinos na sua forma original, criando-se os curiosos (mas enriquecedores) pares formados por uma palavra já evoluída e uma palavra reconstituída, como se pode ver