12 Murilo Mendes, em um de seus poemas, dialoga com a carta de Pero Vaz de Caminha:
“A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muito,
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais
Diamantes tem à vontade
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui”.
MENDES, Murilo. Murilo Mendes — poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Arcaísmos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efeito de contraste,
como ocorre em:
(A) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais
(B) Salvo o devido respeito / Reforçai, Senhor, a arca
(C) A gente vai passear / Ficarei muito saudoso
(D) De plumagens mui vistosas / Bengala de castão de oiro
(E) No chão espeta um caniço / Diamantes tem à vontade
Soluções para a tarefa
Respondido por
235
O contraste entre uma expressão arcaísta e coloquial está na alternativa A.
Os arcaísmos são os usos da linguagem que remetem a uma forma mais antiga, usada no passado, e é uma forma de desenvolver o estilo de um texto. No caso em questão, "mui graciosa" é uma forma arcaica de falar, que remete a um período antigo.
Já o coloquial é aquilo que é comum, que é "linguagem das ruas". No caso em questão, "tem macaco até demais" é um uso popular, mas não normativo, da língua.
Respondido por
23
Resposta:
(A) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais
Perguntas interessantes
Artes,
9 meses atrás
Química,
9 meses atrás
Matemática,
9 meses atrás
História,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás
Português,
1 ano atrás