Filosofia, perguntado por romulocesarbrito62, 10 meses atrás


11. (ENADE, 2016) Serei de tal modo dependente do corpo e dos sentidos que não possa existir sem eles? Mas eu me persuadi de que nada existia no mundo, que não havia nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns, nem corpos alguns: não me persuadi também, portanto, de que eu não existia? Certamente não, eu existia, sem dúvida, se é que eu me persuadi, ou, apenas, pensei alguma coisa. Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há, pois, dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.

Com base na passagem acima, em que Descartes afirma a existência do pensamento, analise as sentenças a seguir:

I- Trata-se, nessa passagem, do cogito como verdade eterna.
II- Trata-se, nessa passagem, do cogito como verdade temporal.
III- Trata-se, nessa passagem, do cogito afirmado da negação do Deus enganador.
IV- Trata-se, nessa passagem, do cogito como primeira certeza do sistema cartesiano.
V- Trata-se, nessa passagem, do cogito afirmado da negação da existência do mundo, do céu, da terra e de todos os espíritos.

É correto apenas o que se afirma em:

FONTE: DESCARTES, R. Meditações. In: Descartes. Trad. de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
a) II e V.
b) II e IV.
c) I e III.
d) I e IV.


Soluções para a tarefa

Respondido por sosouvid
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Resposta:

II e IV

Explicação:

Num mundo onde o novo se tornou incerto, o homem procura uma nova certeza, com a sua própria razão. Mas a própria razão precisa de inspeção constantemente (inspeção do espírito) e de obedecer ao preceito cartesiano “para não cairmos na falsidade de admitir como verdade outra coisa que não seja o que com toda a evidência vemos sê-lo”. Temos que valorizar a razão e a verdade.

Nessa passagem, do cogito ele afirma o Deus enganador

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