10) São os Kadiwéu que apresentam uma pintura corporal mais elaborada com
desenhos geométricos, complexos que revelam equilibrio e beleza
impressionando o observador. Os primeiros registros dessa pintura datam de
1560, pois ela impressionou fortemente os colonizados e os viajantes europeus.
Mais tarde foi analisada também por vários estudiosos, entre os quais Lévi
Strauss, antropólogo francês que esteve com os indios brasileiros em 1935.Sobre
a pintura corporal indigena, responda: Está associada a ideia de transmitir ao
corpo alegria contida nas cores vivas e intensas.l. As pinturas do rosto conferem
a sua dignidade de ser humano. II. As diferenças em relação ao estilo e à
composição exprimem a hierarquia dos status, segundo as castas indigenas,
possuindo função sociológica.III. As cores mais utilizadas pelos indigenas são:
amarelo, azul e vermelho.IV. A cor vermelha é extraida do urucum, o negro do
jenipapo e o branco da tabatinga.Assinale a alternativa correta:
O a) Somente as afirmativas I e Il são corretas.
O b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
O c) Somente as afirmativas II e III são corretas.
O d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
O e) Somente as afirmativas I, II, III e V são corretas.
Soluções para a tarefa
de Marajó. Todos os
vestígios culturais encontrados ali foram considerados como realização de um
complexo cultural denominado "cultura Santarém".
A cerâmica santarena apresenta uma decoração bastante complexa, pois
além da pintura e dos desenhos, as peças apresentam ornamentos em relevo
com figuras de seres humanos ou animais. Um dos recursos ornamentais que
mais chama a atenção é a presença de cariátides, isto é, figuras humanas que
apóiam a parte superior de um vaso.
FIGURA 9 - OBJETO INDÍGENA
Além de vasos, a cultura Santarém produziu ainda
cachimbos, cuja decoração por vezes já sugere a
influência dos primeiros colonizadores europeus, e
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A Avaliação e Temática Indígena no Ensino Fundamental
Estatuetas de formas variadas. Diferentemente das estatuetas marajoaras, as
da cultura Santarém apresentam maior realismo, pois reproduzem mais
f ie lmente os seres humanos ou animais que representam.
A cerâmica santarena refinadamente decorada com elementos em relevo
perdurou até a chegada dos colonizadores portugueses. Mas, por volta do
século XVII, os povos que a realizavam foram perdendo suas peculiaridades
culturais e sua produção acabou por desaparecer.
4.6 As culturas indígenas
Apesar de terem existido muitas e diferentes tribos, é possível identificar ainda
hoje duas modalidades gerais de culturas indígenas: a dos silvícolas, que
vivem nas áreas florestais, e a dos campineiros, que vivem nos cerrados e nas
savanas.
Os silvícolas têm uma agricultura desenvolvida e diversificada que, associada
às atividades de caça e pesca, proporciona-lhes uma moradia fixa. Suas
atividades de produção de objetos para uso da tribo também são diversificadas
e entre elas estão a cerâmica, a tecelagem e o trançado de cestos e balaios.
Já os campineiros têm uma cultura menos complexa e uma agricultura menos
variada que a dos silvícolas. Seus artefatos tribais são menos diversificados,
mas as esteiras e os cestos que produzem estão entre os mais
cuidadosamente trançados pelos indígenas.
É preciso não esquecer que tanto um grupo quanto outro conta com uma
ampla variedade de elementos naturais para realizar seus objetos: madeiras,
caroços, fibras, palmas, palhas, cipós, sementes, cocos, resinas, couros,
ossos, dentes, conchas, garras e belíssimas plumas das mais diversas aves.
Evidentemente, com um material tão variado, as possibilidades de criação são
muito amplas, como por exemplo, os barcos e os remos dos Karajá, os objetos
trançados dos Baniwa, as estacas de cavar e as pás de virar beiju dos índios
xinguanos.
A tendência indígena de fazer objetos bonitos para usar na vida tribal pode ser
apreciada principalmente na cerâmica, no trançado e na tecelagem. Mas ao
lado dessa produção de artefatos úteis, há dois aspectos da arte índia que
despertam um interesse especial. Trata-se da arte plumária e da pintura
corporal, que veremos mais adiante.
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4.6.1 A arte do trançado e da tecelagem
FIGURA 10 - ARTE INDÍGENA
A partir de uma matéria-prima abundante, como
folhas, palmas, cipós, talas e fibras, os índios
produzem uma grande variedade de pe, cestos,
abanos e redes. Da arte detrançar e tecer, Darcy
Ribeiro (1985) destaca especialmente algumas
realizações indígenas como as vestimentas e as
máscaras de entrecasca, feitas pelos Tukuna e
primorosamente pintadas; as admiráveis redes ou
maqueiras de fibra de tucum do Rio Negro; as belíssimas vestes de algodão
dos Paresi que também, lamentavelmente, só se podem ver nos museus.
4.6.2 Cerâmica
FIGURA 11 - CERÂMICA
As peças de cerâmica que se conservaram
testemunham muitos costumes dos diferentes
povos índios e uma linguagem artística que ainda
nos impressiona. São assim, por exemplo, as urnas
funerárias lavradas e pintadas de Marajó, a
cerâmica decorada com desenhos impressos por
incisão dos Kadiwéu, as panelas zoomórficas dos
Waurá e as bonecas de cerâmica dos Karajá.
4.6.3 Plumária
FIGURA 12 - PLUMÁRIA
Esta é uma arte muito especial porque não está
associada a nenhum fim utilitário, mas apenas à pura
busca da beleza.Existem dois grandes estilos na
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A Avaliação e Temática Indígena no Ensino Fundamental
Criação das peças de plumas dos índios brasileiros. As tribos dos cerrados
fazem trabalhos majestosos e grandes, como os diademas dos índios Bororo
ou os adornos de corpo, dos Kayapó.
As tribos silvícolas como a dos Munduruku e dos Kaapor fazem peças mais
delicadas, sobre faixas de tecidos de algodão.
FIGURA 13 - PLUMÁRIA
Aqui, a maior preocupação é com o colorido e a combinação
dos matizes. As penas geralmente são sobrepostas em
camadas, como nas asas dos pássaros.Esse trabalho exige
uma cuidadosa execução
4.6.4 Máscaras
FIGURA 14 - MÁSCARA
Para os índios, as máscaras têm um , os seus desenhos aparecem
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