10. Leia esta história em quadrinhos do cartunista Caulos
a) Que tipo de intertextualidade essa HQ estabelece com o poema "Canção do exílio"?
b) Explique a sequência de ilustrações em cada quadro e como ela se relaciona com o poema de Gonçalves Dias.
c) Nessa história, a crítica é construída tanto por meio do texto verbal quanto do não verbal. Explique.
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10. a) A história em quadrinhos intertextual começa como uma ilustração do poema de Gonçalves Dias, protagonizada pelo sabiá mencionado em A Canção do Exílio.
- Há traduções visuais para alguns dos versos mais conhecidos.
- O sabiá atua como uma espécie de eu lírico.
- Entretanto, o final apresenta uma surpresa, fazendo um comentário amargo sobre a destruição da natureza.
b) Há uma sequência de quadrinhos que acompanham os versos do poema:
- Um sabiá canta (uma alusão não verbal a "onde canta o sabiá")
- O sabiá anuncia o nome do poeta e voa em frente às estrelas, enunciando o verso correspondente "Nosso céu tem mais estrelas".
- Ele voa sofre flores repetindo o verso "Nossas várzeas têm mais flores" (Aqui o desenhista cometeu um erro ortográfico e suprimiu o acento.)
- Exultante, o sabiá proclama o verso "nossa vida mais amores".
- Na continuação, voando, o sabiá entoa os famosos versos iniciais "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá".
- "O sabiá sou eu!", comenta o pássaro/eu lírico do quadrinho. Este quadrinho prepara a surpresa do próximo.
- "Esta era a palmeira", diz o pássaro, em frente a um tronco cortado.
- Esta ruptura em relação ao idílio descrito no poema é uma ironia amarga com o desmatamento.
c) Toda a história em quadrinhos "Vida de Passarinho", de Caulos, funciona como uma transposição visual da "Canção do Exílio". Ao final, parte do humor e da mensagem é um duplo contraste.
- No último quadrinho, quebra-se a sequência de paralelismo com o texto de Gonçalves Dias porque um elemento está faltante, a palmeira que foi desmatada.
- Também há uma quebra na lógica de mera transposição visual. Até ali, cada quadrinho repetia visualmente um verso da Canção do Exílio. Os três últimos quadrinhos contrastam, porque apresentam o verso e mostram que não há a equivalência visual requerida. A palmeira sumiu.
A paródia de A Canção do Exílio
Uma paródia em geral oferece uma variante crítica sobre uma obra conhecida. Trata-se de um tipo especial de intertextualidade.
- No caso dos quadrinhos de Caulos, trata-se de um comentário crítico sobre o Brasil que não cuida do meio ambiente.
- O comentário consiste em uma piada com A Canção do Exílio.
- É um dos poemas mais conhecidos da literatura brasileira.
- Também é uma declaração de amor ao Brasil.
- O quadrinho diz, amargamente, que um dos motivos de orgulho do poeta foi depredado.
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