10) Leia a entrevista.
FOLHA - Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relação ao período imperial?
MAXWELL - (...) o movimento de independência da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas em Portugal. Foram os
portugueses que não quiseram ser dominados por uma monarquia baseada na América.
Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de fragmentação, guerras civis e
descontinuidade que são parecidos com aqueles que estavam acontecendo na América espanhola.
É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela não se encaixa em interpretações convencionais. É
sempre necessário pensar um pouco de forma contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesma trajetória de
outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal estava lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade
estava lá. Acho que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século 19.
Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais. Folha de S.Paulo, 25-11-2007.
"A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas”, pois
a) em 1824 foi promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada pela divisão e autonomia dos três poderes e por
uma legislação social avançada para os padrões da época, pois garantia o direito de voto a todos os brasileiros.
b) com a grave crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa no início do século XIX, restou ao Brasil um
papel relevante no processo de recuperação das bases econômicas industriais, com o fornecimento de algodão, tabaco e
açúcar.
c) os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavam com o conservadorismo das elites
coloniais do centro-sul, defensoras de restrições mercantilistas com o intuito de conter a ganância britânica pela riqueza
brasileira.
d) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole espanhola e seus espaços coloniais
na América, situação diversa da verificada em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.
e) a elite colonial nordestina - voltada para o mercado interno, defensora do centralismo político-administrativo e da abolição
da escravatura - apostava na liderança e na continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação desse projeto histórico.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra D
Explicação:
Com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.
O Brasil tornou-se uma Monarquia Conservadora após ficar livre de Portugal, preservando as relações escravistas de produção, diferente da América Espanhola, que já adotava Repúblicas não escravistas. O último fato aconteceu devido a ruptura com a metrópole.
Beijos!
Resposta:
D) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole espanhola e seus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada em relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa.⭐
Explicação:
A Vinda da Família Real em 1808, por causa das invasões napoleônicas, para o Brasil, seu principal espaço colonial, trouxe decorrências importantes para os destinos da América portuguesa e de Portugal. Isso porque o poder central português estava muito próximo da elite colonial brasileira – situação que não ocorreu com os outros espaços coloniais da América, especialmente os da América espanhola. A proximidade Coroa portuguesa com o Brasil permitiu um processo de ruptura colonial diferente do resto da América. No Brasil, por exemplo, a ordem monárquica foi mantida, além da manutenção da unidade territorial.
Resposta correta! Espero ter ajudado!!! ✅