1° Existe uma afirmação bíblica que diz: A melhor coisa é dar do que receber. Explique em suas palavras esta afirmação.
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Soluções para a tarefa
Resposta:
Essa é uma afirmação que seria de Jesus, a qual temos acesso pelo capítulo 20 dos Atos dos Apóstolos, mas que não foi conservada pelos evangelhos. É a alegria cristã do desapego de seus bens para a amar o próximo como a si mesmo, tendo a Deus como o motivo e o centro de todo amor.
Explicação:
Desde sempre, o ser humano tem a tendência de ser egoísta. Segundo o cristianismo, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas esse estado de natureza foi corrompido com o pecado original, descrito no livro de Gênesis. Por causa desse do mau uso da liberdade (dado por Deus por Ele mesmo ser livre), passamos a ser egoístas, voltados para nós mesmos e para a satisfação das nossas paixões.
É esse o fundamento para entendermos a inclinação em querermos sempre receber e pouco dar daquilo que temos e somos. É a tendência egocêntrica de colocarmos a nós mesmos como o centro do universo, como se tudo girasse ao nosso redor.
Só que Jesus, na sua vida histórica, veio ensinar algo diferente. Segundo ele, como nos relata o livro dos Atos dos Apóstolos e toda a tradição cristã, a alegria dos seus discípulos deve estar na doação de si mesmos e também dos seus bens, tratando-se de um auto-desapego. Dessa forma, eu me desapego das minhas convicções, dos meus preconceitos, e me lanço no ato de fé, em que acredito naquilo que Jesus revelou. E ele revela o caminho da caridade.
Foi isso, ao lado de uma vida de intimidade com Deus, que moveu os santos (Santa Teresa de Calcutá, Santa Dulce dos Pobres, São Vicente de Paulo etc.) a praticarem a caridade e serem exemplos para a humanidade. Brilhando como uma lâmpada na escuridão, os homens que seguem esse ensinamento libertam-se das suas inclinações ao mal e vivem uma vida virtuosa e feliz, porque entenderam o sentido da vida.
Há, por fim, uma observação a ser feita. Na cultura oriental, existe fortemente o pensamento de que a pessoa deve chegar ao estado nirvana (tomando o budismo como exemplo), em que se chega a uma espécie de libertação do sofrimento, uma superação do apego aos sentidos. Trata-se de um esvaziamento interior.
No cristianismo, o homem esvazia-se dos seus apegos para se encher de Deus. Enchendo-se do seu criador pela oração, ele é impelido a fazer como seu mestre, amando ao próximo como a si mesmo, tendo em vista a felicidade eterna no Céu. É por isso, portanto, que há mais alegria em dar do que receber.