10- Escreva sobre o espetáculo “Enquanto tecemos", da companhia suspensa em
parceria com a artista plástica Julia Panadés.
Soluções para a tarefa
Resposta:
O público de Belo Horizonte (MG), Nova Lima (MG) e região poderá conferir no dia 22 de setembro, sábado, a partir das 19h, uma atração especialmente idealizada pelo C.A.S.A. – Centro de Arte Suspensa Armatrux e o Vivo EnCena.
É uma ocupação de dança que reúne a Companhia Suspensa e a artista plástica Julia Panadés na instalação Ela Vestida, e a bailarina, coreógrafa e performer Dudude no espetáculo A Projetista.
A ocupação de dança marca inauguração do jardim do C.A.S.A. – Centro de Arte Suspensa Armatrux, que fica na Rua Himalaia, 69 – Vale do Sol – Nova Lima (MG) – Telefone: (31) 3517-8282. Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)
Instalação “Ela Vestida” – Companhia Suspensa e Julia Panadés
Ela Vestida – dança, desenho, poema – é uma instalação coreográfica criada a partir da pesquisa para o espetáculo Enquanto Tecemos, que a Cia Suspensa apresenta desde 2011, em parceria com Julia Panadés e Sérgio Penna.
O trabalho coloca em cena, simultaneamente um conjunto híbrido de linguagens evocando o mito de Penélope que “desfazia o que tecia como oferta ao recomeço” enquanto esperava o retorno, por anos adiado, de seu Ulisses.
Diante desta tensão, entre a espera e o encontro, criamos: Ela Vestida uma instalação coreográfica que sintetiza alguns dos elementos fundamentais da pesquisa. Para isto será feita uma escultura tecido translúcido, que será ocupada pela dança, alternando projeções de vídeo poemas e o bordado desenhos-palavras .A composição de relações entre dança – poema – desenho apresentará variações únicas, de acordo com cada dupla ou trio de artistas em uma determinada cena.
Ficha Técnica
Esta instalação coreográfica é um desdobramento do espetáculo Enquanto Tecemos, parceria da Companhia Suspensa com Julia Panadés e Sérgio Penna
Proposição Inicial da Instalação: Julia Panadés
Criação e Performance: Julia Panadés e Roberta Manata
Vestido Tenda e figurino: Gilda Quintão
Assistente de Arte: Flávia Fantini
Realização: Companhia Suspensa
Companhia Suspensa
O pensamento cênico da Companhia Suspensa vem operando sob a perspectiva de modificar as relações que estabelecemos com o mundo que nos cerca. Entendendo a arte como um campo aberto a leituras e diferenças; jogar com a estabilidade de nossos corpos, oferecer pulso aos objetos, suspender o chão, e habitar o avesso do habitual. Sobre o ar – os pés – levantar todo um jogo infinito de limites, vertigens, estranhezas, deslocamentos e encontros.
Em sua trajetória estão os espetáculos Pouco Acima (2004), De Peixes e Pássaros (2009), Alpendre (2010) e Enquanto Tecemos (2011); a oficina Sem os Pés no Chão (desde 2002) e a ação educativa Objeto de Voo (iniciada em 2008). Publicou o livro de pesquisa “Sem os Pés no Chão” e o vídeo documentário Objeto de Voo.
Espetáculo “A Projetista” – Dudude
Em um projeto não existe nada além de um enorme vazio a ser ocupado. Sua nutrição é a vontade, o desejo de existir, de voar. A projetista transita por terrenos áridos, secos, desnutridos, muito rasos. Todos repletos e plenos de possibilidades de construção, onde só a imaginação alcança. Ela se utiliza do nada para preencher o vazio do mundo. Ela então sonha, ri, gargalha, sofre, dilacera, grita e esperneia muito com o mundo dos homens. E sabe que no mundo do “Faz de Conta” as coisas se tornam verdadeiras, de um brilho absolutamente real. Mas a projetista sabe que tudo é efêmero.
Em plena fase de maturidade artística, Dudude volta à cena em 2012 com apresentações do solo “A Projetista”. Em cena, a intérprete disserta todo o tempo sobre o seu possível e próximo projeto artístico. Ela projeta no espaço sempre um pouco mais adiante. Cada insinuação de dança ou pensamento suscita novas ideias e vontades que brotam de uma mente e corpo inquietos. “Este novo trabalho talvez seja um desabafo, um manifesto, de mais um artista criador de nosso tempo, frente aos mecanismos para se viabilizar a cultura e a arte”, diz.
Para Dudude, o artista-projetista se tornou um sintoma contemporâneo que começou nos anos 90, quando toda uma geração criadora passou a mudar a postura em relação ao mercado, organizando-se frente às exigências solicitadas, suprindo demandas e, ao mesmo tempo, tornando-se refém. Este trabalho nasce de experiências adquiridas ao lidar com os mecanismos vigentes de viabilização da cultura e da arte, cada vez mais amarrados às prestações fiscais, engessados por um controle exato. “A cultura se transformou em um bom negócio, mas para grandes empresas e instituições. Pergunto: e aquele que é um fazedor, apenas uma pessoa artista inserido no campo da curiosidade, da descoberta, da provocação?, questiona .