História, perguntado por rvivii, 10 meses atrás

10 defesas ao governo Geisel

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Respondido por Claraaafofaa
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BRASÍLIA - Arquivos secretos do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) mostram que o ex-presidente Ernesto Geisel admitiu a possibilidade de o Brasil construir sua arma atômica dentro de sua política nuclear. Em exposição feita ao Alto Comando das Forças Armadas, em 10 de junho de 1974, Geisel reconhece a preocupação do governo e dos militares em relação ao fato de a Índia ter detonado uma bomba atômica e à possibilidade de os vizinhos argentinos também o fazerem. Por conta disso, afirmou que considerava como um dos pontos básicos a serem adotados "desenvolver uma tecnologia para a utilização da explosão nuclear para fins pacíficos, o que nos permitirá, inclusive, se necessário, dispor de nossa própria arma", disse o general. A fala de Geisel aos militares é um momento marcante de seu mandato, quando decidiu se encontrar com o Alto Comando em Brasília, numa reunião secreta no início de seu mandato presidencial e apresentar o que considerava como aspectos mais importantes. A reprodução da fala do presidente faz parte do acervo do EMFA, que acaba de ser liberado pelo Arquivo Nacional, em Brasília, e ao qual o Estado teve acesso. Geisel fez questão de abordar a questão nuclear com o Alto Comando. "Por seus importantes reflexos sobre a segurança nacional, não desejo encerrar esta exposição sem uma referência especial à política nacional para o uso da energia nuclear", avisou. E demonstra sua preocupação em evitar que o Brasil fique para trás em questão de desenvolvimento no setor, tanto para fins econômicos, através da produção de energia, quanto no campo militar. Nesse momento, ele trata abertamente da preocupação com eventuais avanços da Argentina nesse setor. "A explosão recente de uma bomba nuclear pela Índia provocou comoção mundial e temos que considerar a hipótese de, em futuro não longínquo, a Argentina também pode explodir a sua. Evidentemente, isto gera inquietação entre nós e todos indagam qual será a posição do Brasil face à situação", diz. Geisel lembra aos presentes que, em anos anteriores, o Brasil teve "a preocupação de preservar relativa liberdade de ação nesse campo". E que, "por isso, o governo Castello Branco decidiu que o Brasil não deveria abrir mão do direito de realizar explosão nuclear para fins pacíficos, bem como não assinou, mais tarde, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a despeito das fortes pressões exercidas pelas potências atômicas". O  general compara o quadro nuclear brasileiro com o da Argentina, lembrando que os vizinhos tiveram "relativa facilidade de encontrar urânio", sendo "mais favorecida pela natureza que o Brasil". E avaliou que ficaram em situação favorável para produzir armas nucleares. "Ora, dispondo de urânio, orientaram-se para a geração de energia partindo do urânio natural, ficando na dependência, apenas, da importação de água pesada. Certamente consideraram, também, que a solução adotada, embora muito menos econômica, permite obter consideráveis quantidades de plutônio, que pode servir para construir a arma nuclear", explica. "O governo brasileiro, com vistas à obtenção de energia elétrica, preferiu o processo atualmente mais econômico, que é o da utilização do urânio enriquecido. Por essa razão, contratou-se com firmas americanas a construção da Usina de Angra dos Reis, à base de urânio enriquecido. Pelas condições do contrato, o urânio que será usado em Angra dos Reis está sujeito a salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica e por isso teremos que restituir o plutônio produzido", diz. 


rvivii: Por favor, organize sua resposta para melhor compreensão
Claraaafofaa: Eu vou tentar ok?
rvivii: Agradeço
Respondido por Usuário anônimo
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Geisel defendia a ideia que os militares devolvessem o poder e voltassem para os quartéis . Na visão dele,a abertura política deveria ser lenta,gradual e segura, e para garantir que ela ocorresse,era necessário controlar tanto a oposição democrática quanto os generais da linha dura. Medidas conhecidas como Pacote de abril:
•Um terço dos senadores seria escolhido pelo governo,tais senadores ficariam conhecidos como senadores biônicos,isto é, "fabricados" e não eleitos pelo voto popular.
•A escolha dos governadores continuaria sendo feita por eleições indiretas.
• O mandato do próximo presidente da República passava de 5 anos para 6 anos
O presidente Geisel iniciou o processo de abertura,permitindo a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Ao contrário do que ele esperava, a vitória nas eleições parlamentares daquele ano coube ao MDB,partido de oposição,os militares da linha dura que eram contrários a abertura, acusaram o MDB de ter ganhado aquelas eleições com voto dos comunistas e iniciaram uma violenta perseguição a ele

rvivii: Muito obrigada pela organização e pela resposta ao todo!
Usuário anônimo: se faltar alguma coisa, me desculpe, é por causa do conteúdo do livro
rvivii: Obrigada de qualquer maneira
Usuário anônimo: De nada :)
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