10)- Analise a figura a baixo e marque a alternativa correta.
Figura 1. Théodore Géricault. A balsa da Medusa. Óleo sobre tela. 1818.
“A balsa da Medusa” (figura 1), de Théodore Géricault (1791-1824), retrata vítimas de um naufrágio, à deriva, sem comida ou água, no momento em que avistam um navio ao longe. Para realizar essa obra, Géricault examina despojos, entrevista os sobreviventes e faz estudos sobre cadáveres, visando
a)- reafirmar a doutrina racionalista burguesa.
b)- criticar os avanços tecnológicos.
c)- captar e traduzir a intima realidade humana.
d)- exaltar o preconceito das massas.
Soluções para a tarefa
Esse quadro se inspira no trágico naufrágio, do verão de 1816, da fragata francesa chamada Medusa dirigida a Senegal, cujos sobreviventes vagaram pelo oceano sobre uma balsa. Géricault capta na tela o momento em que alguns náufragos avistam uma vela no horizonte e parece como se na balsa de horror e morte ocorresse uma palpitação de vida e esperança. É uma importante obra na pintura francesa do século 19, geralmente, considerada um ícone do Romantismo. Representa um acontecimento cujos aspectos humanos e políticos despertaram grande interesse em Géricault. O pintor pesquisou em detalhes a história do naufrágio da fragata francesa Medusa na costa do Senegal em 1816, com 150 pessoas a bordo. Fez vários esboços antes de decidir sobre sua composição definitiva. Reuniu documentação e ouviu relatos dos sobreviventes. O desastre do naufrágio foi agravado pela brutalidade e pelo canibalismo que se seguiram. A pintura é uma visão sintética da vida humana abandonada ao seu destino. Géricault decidiu representar a vã esperança dos marinheiros naufragados: o barco salva-vidas é visível no horizonte, mas navega sem vê-los. Toda a composição é orientada para essa esperança, culminando na figura negra do barco. Ele trabalhou com figuras de cera, estudou cadáveres decepados em seu estúdio, usou amigos como modelos e hesitou entre vários detalhes. Os corpos pálidos recebem uma ênfase cruel de um claro-escuro ao estilo de Caravaggio. Alguns se contorcem na euforia da esperança, enquanto outros desconhecem o navio que passa. Estes últimos incluem duas figuras de desespero e solidão: uma luta por seu filho, a outra lamentando seu próprio destino. Este quadro está exposto no Museu do Louvre, na Salle Mollien, onde abriga também grandes pinturas românticas francesas, incluindo a célebre Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix.