1. (UECE 2020) Atente para a seguinte passagem, em que Santo Agostinho se questiona sobre a origem do mal:
“Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é bom, e é também a mesma bondade? Donde me veio, então, o querer, eu, o mal e não querer o bem? Qual a sua origem, se Deus, que é bom, fez todas as coisas? Sendo o supremo e sumo bem, criou bens menores do que Ele; mas, enfim, o Criador e as criaturas, todos são bons. Donde, pois, vem o mal?”
AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. Livro VII. Adaptado.
Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de Hipona, considere as seguintes afirmações:
I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte influência, Agostinho afirmava a existência do Bem e do Mal e que os homens não eram culpados de ações classificadas como más. O mal lhes era inato, portanto, não havia culpa, mas poderiam obter a salvação da alma por intermédio da graça divina.
II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a Deus a origem do Mal, visto que, como Sumo Bem, ele não o poderia criar. São os homens os responsáveis pela presença do Mal e cabe a estes fazerem uso de sua liberdade e escolherem entre a boa e a má ação.
III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano pode optar por bens inferiores. Mas o livre arbítrio não pode ser visto como um mal em si, pois foi Deus quem o criou. Ter recebido de Deus uma vontade livre é para o ser humano um grande bem. O mal é o mau uso desse grande bem.
É correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I e II apenas.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Alternativa C (II e III)
Explicação:
Santo Agostinho acreditava que Deus criou apenas coisas boas, e que a maldade era uma criação dos homens, por conta da ausência de bondade
Santo Agostinho defendia que o mal é uma deturpação da criação de Deus e não algo criado pelo próprio Deus. Por isso a alternativa correta é a letra C.
Santo Agostinho e o mal
Santo Agostinho foi um dos pais da igreja, ele pertenceu ao período chamado ''patrística'' onde os Cristãos tentavam conciliar verdades da fé com as verdades da religião. Nesse momento Santo Agostinho começou a usar a teodiceia que é conciliar a teologia com a filosofia para explicar o problema do mal.
Para ele Deus criou todas as coisas muito boas, no entanto, o pecado gerou o mal que existe no mundo. O mal seria a corrupção de todo bem e não algo criado pelo próprio Deus. Por isso o culpado do mal no mundo é o próprio homem e não o Criador.
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