1 - “Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades” Autor desconhecido Explique os versos acima com suas palavras. 2-COM LICENÇA POéTICA Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou. Como a mulher do poema de Adélia Prado é representada? 3-MULHER PROLETÁRIA Mulher proletária — única fábrica que o operário tem, (fabrica filhos) tu na tua superprodução de máquina humana forneces anjos para o Senhor Jesus, forneces braços para o senhor burguês. Mulher proletária, o operário, teu proprietário há de ver, há de ver: a tua produção, a tua superprodução, ao contrário das máquinas burguesas salvar o teu proprietário. In: Poesia completa. 2.ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980. v.1 O poeta Jorge de Lima é representativo da segunda geração modernista da literatura brasileira. Após analisar as proposições abaixo acerca dos recursos expressivos que constroem a imagem da mulher proletária de seu poema em evidência. Coloque v (verdadeiro) e F (Falso) ( ) O trocadilho entre “prole” e “proletária” assinala a função social da mulher no contexto do poema. ( ) A gradação na segunda estrofe aponta para a submissão da mulher e para a salvação do ho- mem operário. ( ) Os dois últimos versos na primeira estrofe constituem eufemismos das ideias de mortalidade e de trabalho infantil. ( ) As metáforas “fábrica” e “máquina humana” são, de certo modo, desveladas pela construção parentética “fabrica filhos”. ( ) Os últimos versos do poema sugerem que o trabalho da mulher pode levar sua família à as- censão social.
Soluções para a tarefa
Resposta:
( V ) O trocadilho entre “prole” e “proletária” assinala a função social da mulher no contexto do poema.
( F ) A gradação na segunda estrofe aponta para a submissão da mulher e para a salvação do homem operário.
( V ) Os dois últimos versos na primeira estrofe constituem eufemismos das ideias de mortalidade e de trabalho infantil.
( V ) As metáforas “fábrica” e “máquina humana” são, de certo modo, desveladas pela construção parentética “fabrica filhos”.
( F ) Os últimos versos do poema sugerem que o trabalho da mulher pode levar sua família à ascensão social.
A sequência correta é V, F, V, V, F; sendo que quando ocorre o trocadilho que reúne o termo prole e proletária, basicamente temos a ideia da mulher como possuindo tal função na sociedade, segundo o contexto do poema. Ou seja, prole é o conjunto de descendentes de determinada origem, isto é, de um casal. A mulher carrega e gera a vida em si, eis o significado.
É verdade que os dois últimos versos na primeira estrofe constituem eufemismos das ideias de mortalidade e de trabalho infantil. Ou seja; agrupam tanto a ideia de que crianças trabalhavam, quanto a severidade da mortalidade.
Já as metáforas “fábrica” e “máquina humana” são reveladas na pela construção parentética “fabrica filhos”.