1) Sobre a Liberdade Humana, analise os textos a seguir: É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer. (SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um Humanismo. São Paulo: 1973, p. 15.) Com base no pensamento filosófico de Sartre sobre a liberdade, assinale a alternativa CORRETA. a) O homem não é, senão o seu projeto, escolha e compromisso. b) O homem não está condenado à liberdade; ele tem escolha. c) O homem é livre sem escolha e sem compromisso. d) O homem é seu projeto responsável sem escolha. e) O homem é responsável e livre sem escolha.
Soluções para a tarefa
Alternativa correta.
a) O homem não é, senão o seu projeto, escolha e compromisso.
O texto acima reforça a questão do livre arbítrio, ou seja, a própria liberdade pela qual cada ser humano está fadado, de forma que todas as suas escolhas estão relacionadas com sua consciência e índole.
Diante disso, cada atitude se refletirá em uma escolha, compromisso e responsabilidade com sua própria consciência, o que reforça a busca de uma consciência justa, repleta de boas ações.
O homem não é, senão o seu projeto, escolha e compromisso, segundo Sartre. Logo, a alternativa A é a correta.
Para Sartre o homem é condenado a ser livre.
O homem é condenado a ser livre: condenado porque não se criou de si mesmo e, no entanto, livre, porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo aquilo que faz.
A liberdade defendida por Sartre é uma liberdade absoluta e a responsabilidade que ele atribui ao homem é TOTAL, inclusive no que diz respeito às paixões devastadoras: o homem é responsável por sua paixão.
Da mesma forma, qualquer sinal que apareça ao homem é sempre decifrado pelo próprio homem como ele achar melhor, sem ajuda nem apoio algum: o homem está condenado a todo instante a inventar o homem.
A cada momento estamos em um cenário e uma situação distinta que nos é dada sem nossa escolha prévia. O nascimento é a situação por excelência: não escolhemos onde nascemos, quando nascemos e nem com quem nascemos ou em qual cultura nascemos.
Sartre e Merleau-Ponty são filósofos existencialistas que ganharam proeminência na primeira metade do século XX seguindo os ditames de Heidegger e Jaspers.
O existencialismo é uma escola filosófica que coloca uma lupa na existência e nega - ou reduz - o efeito de que consideram uma suposta essência. Assim, o homem, como diz Heidegger, é um ser-aí, ou seja, existe aí, no mundo, e é o lugar onde o mundo se dá.
Nas palavras de Sartre, a existência precede a essência.
O existencialismo, em geral, trata de temas como a angústia e a busca por sentido. Surge exatamente no período da história humana onde as piores guerras deixaram não só o mundo materialmente devastado como espiritualmente cético: a religião foi descartada como doadora de sentido e elegeu-se correntes intelectuais como tentativas de resposta.
Tendo como parente distante o dinamarquês Kierkegaard e como nome mais proeminente e culto o de Albert Camus, o existencialismo foi a principal corrente filosófica do pós-guerra.
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/16845689