1) que mensagem vc aprendeu com o livro meu pé de laranja lima ?
2)que sentimentos ou emoção o livro desperta em você o livro meu pé de laranja lima
me ajuda por favor rápido
Soluções para a tarefa
Resposta:
Cadê a imagem do livro ???????para eu te ajudar?
PRIMEIRA PARTE No Natal, às vezes nasce o Menino Diabo
5CAPÍTULO PRIMEIRO O descobridor das coisas A GENTE VINHA DE MÃOS DADAS, sem pressa de nada pela rua. Totóca vinha me ensinando a vida. E eu estava muito contente porque meu irmão mais velho estava me dando a mão e ensinando as coisas. Mas ensinando as coisas fora de casa. Porque em casa eu aprendia descobrindo sozinho e fazendo sozinho, fazia errado e fazendo errado acabava sempre tomando umas palmadas. Até bem pouco tempo ninguém me batia. Mas depois descobriram as coisas e vivem dizendo que eu era o cão, que eu era capeta, gato ruço de mau pêlo. Não queria saber disso. Se não estivesse na rua eu começava a cantar. Cantar era bonito. Totóca sabia fazer outra coisa além de cantar, assobiar. Mas eu por mais que imitasse, não saía nada. Ele me animou dizendo que era assim mesmo, que eu ainda não tinha boca de soprador. Mas como eu não podia cantar por fora, fui cantando por dentro. Aquilo era esquisito, mas se tornava muito gostoso. E eu estava me lembrando de uma música que Mamãe cantava quando eu era bem pequenininho. Ela ficava no tanque, com um pano amarrado na cabeça para tapar o sol. Tinha um avental amarrado na barriga e ficava horas e horas, metendo a mão na água, fazendo sabão virar muita espuma. Depois torcia a roupa e ia até a corda. Prendia tudo na corda e suspendia o bambu. Ela fazia igualzinho com todas as roupas. Estava lavando a roupa da casa do Dr. Faulhaber para ajudar nas despesas da casa. Mamãe era alta, magra, mas muito bonita. Tinha uma cor bem queimada e os cabelos pretos e lisos. Quando ela deixava os cabelos sem prender, dava até na cintura. Mas bonito era quando ela cantava e eu ficava junto aprendendo. “Marinheiro, Marinheiro Marinheiro de amargura Por tua causa, Marinheiro Vou baixar à sepultura... As ondas batiam E na areia rolavam Lá se foi o Marinheiro Que eu tanto amava...
6O amor de Marinheiro É amor de meia hora O navio levanta o ferro Marinheiro vai embora... As ondas batiam “... Até agora aquela música me dava uma tristeza que eu não sabia compreender. Totóca me deu um puxão. Eu acordei. — Que é que você tem, Zezé? — Nada. Tava cantando. — Cantando? —É. —Então eu devo estar ficando surdo. Será que ele não sabia que se podia cantar para dentro? Fiquei calado. Se não sabia eu não ensinava. Tínhamos chegado na beira da estrada Rio-São Paulo.Passava tudo nela. Caminhão, automóvel, carroça e bicicleta. — Olhe, Zezé, isso é importante. A gente primeiro olha bem. Olha para um lado e para outro. Agora. Atravessamos correndo a estrada. — Teve medo? Bem que tive mas fiz não com a cabeça. — Nós vamos atravessar de novo juntos. Depois quero ver se você aprendeu. Voltamos. — Agora você sozinho. Nada de medo que você está ficando um homenzinho. Meu coração acelerou. — Agora. Vai. Meti o pé e quase não respirava. Esperei um pedaço e ele deu o sinal para que eu voltasse. — Pela primeira vez, você foi muito bem. Mas esqueceu uma coisa. Tem que olhar para os dois lados para ver se vem carro. Nem toda hora eu vou ficar aqui para lhe dar o sinal. Na volta, a gente treina mais. Agora vamos que eu vou mostrar uma coisa para você. Agarrou a mão e saímos novamente devagar. Eu estava impressionado com uma conversa. — Totóca. — Que é?