Artes, perguntado por stefanydasilvaanikel, 7 meses atrás

1. QUAL O IMPACTO DA FUNDAÇÃO DA ACADEMIA NO BRASIL?​

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Respondido por araujogabriela191
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Resposta:

Explicação:

As academias surgiram ainda na Grécia Antiga, em 387 antes de Cristo, quando Platão resolveu fundar uma escola livre perto de Atenas, nos jardins dedicados a Academus. Tal prática se disseminou pela região e vigorou por novecentos anos. Em 529 depois de Cristo, por ordem do imperador romano Justiniano, todas as academias foram fechadas.

Com a renascença italiana, elas ressurgiram. Primeiro em Florença, em 1440, com a fundação da Accademia Platônica. Tempos depois, na França, na Espanha e em Portugal. Os bons ventos do Iluminismo, a partir do século dezessete, também foram fundamentais para garantir a elas uma posição mais segura.

Do outro lado do Atlântico, no Brasil colônia, houve a Academia Brasílica dos Esquecidos, e, depois, a dos Renascidos. A Academia Científica do Rio de Janeiro durou sete anos, até ser esvaziada por razões políticas. A Sociedade Literária do Rio de Janeiro, também do século dezoito, durou oito anos, até ser finalmente fechada, em 1794, acusada de participar de um movimento pela libertação da colônia, no episódio que ficou conhecido como a Conjuração Carioca.

No campo das Letras, a primeira academia republicana foi a cearense, surgida em 1894. A Academia Brasileira de Letras veio três anos depois, em 1897, fundada por Machado de Assis, Olavo Bilac, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, entre outros. Inspiradas em seu modelo, vieram a pernambucana de letras, em 1901, e a paulista de letras, fundada em novembro de 1909, um mês antes do surgimento da Academia Mineira de Letras, em 25 de dezembro, em Juiz de Fora, há cento e dez anos.

O primeiro presidente da Academia Mineira de Letras foi Eduardo de Menezes. Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, graduou-se em Letras e em Medicina. Membro da Academia Imperial de Medicina, estudou na Europa com Pasteur e com Charcot. Em Juiz de Fora, para onde se mudou por motivo de saúde, fundou a Sociedade de Medicina e Cirurgia, a Escola de Farmácia e Odontologia e a Faculdade de Direito. Entre seus livros, estão “Cidade salubre”, de 1911, “A liberdade de ensino”, de 1913, “A revolução mineira de 1842”, de 1915, e “A ortografia fonética”, de 1919.

Mário Franzen de Lima foi o presidente que fundou a Revista da Academia Mineira de Letras, em 1922. Um dos criadores da entidade, foi um aclamado poeta parnasiano, assim como seu tio, Augusto de Lima, presidente de honra da Casa de Alphonsus de Guimaraens. Formado em Direito, Mário Franzen de Lima foi promotor de Justiça, advogado, jornalista e professor. Dirigiu a Imprensa Oficial e o Arquivo Público Mineiro. Entre seus livros, figuram “Mito solar”, “Audiências de Luz” e “Dante e a divina comédia”.

Foi Heli Menegale o presidente que conseguiu a primeira sede própria da Academia Mineira de Letras em Belo Horizonte, viabilizada pela intervenção do prefeito da capital, Otacílio Negrão de Lima, em 1950. Nascido em Juiz de Fora, em 1903, Heli Menegale foi poeta, jornalista e servidor do Ministério da Educação e Cultura. Sua filha, Berenice Menegale, é, há décadas, uma das personalidades mais amadas da cultura de Minas. Em colunas futuras, falarei sobre alguns outros ex- presidentes da AML.

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