1-qual é a influência da ironia socrática e o método socrático no campo de ética? 2-Por que Platão foi um dos principais seguidores de Sócrates?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1-A democracia pressupunha uma isonomia ou igualdade entre os cidadãos, capacitando-os a exprimir suas opiniões e interesses em assembleia na construção da comunidade. Porém, um escândalo proporcionou a inquisição de Sócrates: o escândalo do lógos. Este perdeu seu vínculo com as coisas (sua consubstancialidade) e era ensinado como uma ferramenta que visa apenas a convencer o seu adversário (tese oposta).
Os sofistas diziam poder falar bem sobre qualquer assunto, pretendendo, pois, serem portadores de um saber universal. No entanto, a um homem não convém saber tudo (só a um deus). Era preciso, então, mostrar que os discursos desses pretensiosos homens eram discursos de ilusão, que convenciam pela emoção ou imaginação e não pela verdade.
Com isso, Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de linguagem. A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Logo, não era para constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha o intuito de ridicularizar, mas de fazer irromper da aporia (isto é, do impasse sobre o conceito de alguma coisa) o entendimento.
Explicação:
2-Platão conheceu o filósofo Sócrates, pensador que foi o seu mestre iniciador na Filosofia, mentor intelectual e amigo, em Atenas. A influência de Sócrates sobre Platão é tão grande que a maioria dos textos deixados por Platão é feita de diálogos em que Sócrates é o personagem principal.
Em 388 a.C., onze anos após a morte de Sócrates, Platão fundou a sua escola filosófica: a Academia. Por ser ateniense, o filósofo tinha direitos civis garantidos e podia adquirir terrenos na cidade. Ele escolheu um terreno no interior do parque Academia, dedicado ao herói grego Akademus. Um lugar onde os jovens reuniam-se para discutir política e praticar exercícios físicos, a Academia era uma espécie de retiro tranquilo e politicamente efervescente dentro da cidade, tendo uma vasta área verde e dois templos.