Física, perguntado por 00001073250568sp, 3 meses atrás

1) quais fatores interferem na nossa alimentação a respeito do clima? 2)Quais os fatores que afetam na agricultura e na pecuária? 3)quais as soluções que você acha que deveriam ser tomadas para acabar com esses problemas?​

Soluções para a tarefa

Respondido por adrielnunes855
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Explicação:

 agricultura é uma atividade altamente dependente de fatores climáticos, por isso a mudança no clima pode afetar a produção agrícola de várias formas: mudança na severidade de eventos extremos, no número de graus-dia de crescimento devido as alterações na temperatura do ar, modificação na ocorrência e na severidade de pragas e doenças, dentre outros.

O aumento da temperatura e modificações no regime da chuva, como visto no post “Irrigação como medida de adaptação as mudanças climáticas”, poderá provocar perdas significativas nas safras de grãos e alterar a geografia da produção agrícola brasileira, colocando em risco a segurança alimentar no país.

Problemas fitossanitários

Um dos efeitos da mudança do clima será a alteração do cenário de doenças e seu manejo que, certamente, causará impacto na produtividade agrícola.

As mudanças climáticas poderão ter efeitos diretos e indiretos tanto sobre o agente infeccioso quanto sobre as plantas hospedeiras e a interação de ambos. Dentre os efeitos diretos está a mudança na distribuição geográfica.

O zoneamento agroclimático da planta hospedeira será alterado, da mesma forma os patógenos e outros microrganismos relacionados com o processo de doença serão afetados. Assim, em determinadas regiões, novas doenças poderão surgir e outras perder a importância econômica se a planta hospedeira migrar para novas áreas.

A distribuição temporal também pode ser afetada. Os patógenos, especialmente os que infectam folhas, apresentam flutuações quanto à ocorrência e à severidade durante o ano, que são atribuídas as variações das condições meteorológicas.

O aumento da umidade, por exemplo, durante a estação de crescimento pode favorecer o aumento da produção de esporos; por outro lado, doenças como os oídios são favorecidas por condições de baixa umidade. Outro exemplo é a redução de dias com chuva no verão que pode diminuir a dispersão de diversos patógenos.

Oídio na soja. Fonte: Embrapa Soja.

Os efeitos indiretos estão relacionados com outros organismos que interagem com o patógeno da doença e a planta hospedeira. Doenças que requerem insetos ou outros vetores poderão apresentar uma nova distribuição geográfica ou temporal. Aumentos na temperatura ou incidência de secas poderão levar vetores, como insetos, para regiões onde ainda não atuavam, estendendo a área de ocorrência de doenças.

Zoneamento climático para a agricultura

De acordo com as projeções de aumento da temperatura do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) a configuração da produção agrícola brasileira pode mudar significativamente nos próximos anos.

Culturas como algodão, arroz, café, feijão, girassol e milho sofrerão uma diminuição da área favorável ao plantio, exceto a cana-de-açúcar e a mandioca. As áreas que hoje são as maiores produtoras de grãos podem não estar mais aptas ao plantio antes do final do século, ou seja, ocorrerá migração dessas culturas para regiões nas quais hoje não são cultivadas.

A região Nordeste sofrerá perda significativa na produção de milho, arroz, feijão e algodão, a sobrevivência do café será pouco favorável na região Sudeste e a região Sul se tornará propícia ao plantio dessa cultura além da mandioca e da cana-de-açúcar, devido ao aumento da temperatura e a redução do risco de geadas.

A soja será a cultura mais afetada com a mudança no clima. Com diminuição de até 41% de áreas baixo risco para o plantio do grão em todo país em 2070, em decorrência do aumento da deficiência hídrica e de possíveis veranicos mais intensos, gerando prejuízos de bilhões de reais. Isso poderá levar à metade das perdas projetadas para a agricultura brasileira.

Cenário futuro para a soja nos meses de novembro, dezembro e janeiro.

Por outro lado a cana-de-açúcar, por gostar de calor, irá se espalhar por milhões de hectares, as projeções futuras indicam que a área cultivada de cana será no mínimo duas vezes maior que a atual. Áreas localizadas nas maiores latitudes, que hoje apresentam restrições para a cana pelo alto risco de geadas, perdem essa característica, principalmente no Rio Grande do Sul, e se transformarão em regiões de potencial produtivo.

O Centro-Oeste, que hoje apresentam um alto potencial produtivo, permanecerão como áreas de baixo risco, porém vão depender mais da irrigação complementar para garantir a produtividade.

Cenário futuro para a cana-de-açúcar nos meses de março, abril, maio, junho, setembro e outubro. Fonte: Embrapa.

Eventos Extremos

Há vários eventos climáticos extremos associados ao aumento de temperatura global que podem afetar o setor agrícola, como:

Ondas de calor


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