1- por que o ser humano desenvolve a idéia de que pode ser superior/inferior a outro?
2- por que nós nos calamos em questão de desigualdade?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1 - a ideia de superioridade/inferioridade está ligada geralmente à comparação externa material, seja por bens ou características. Quando se percebe que não se tem algo que outro tenha e se deseja isso, há o sentimento de inferioridade, que pode tornar-se tristeza ou inveja, no sentido de desejar aquilo que não se tem. Ao contrário, ao se perceber que há superioridade material, a vaidade pode desenvolver no indivíduo o senso de autopromoção para a satisfação inconsciente de seu próprio ego. Há ainda a característica instintiva humana, onde o homem mais apto/poderoso conquistava mais prerrogativas e atraia admiração dos demais membros de uma tribo e as mulheres.
2 - esta pergunta não pode ser aplicada de maneira generalista, visto que nem todas as pessoas são apáticas quanto ao sofrimento alheio. Além disso, nem pode ser avaliada a desigualdade como um aspecto de mera carência material. A desigualdade é fruto da diferença de cada indivíduo em função da nossa liberdade e capacidade de se fazer escolhas. Uma pessoa humilde que detesta pessoas ricas muitas vezes deseja a humildade por escolha e este é um exemplo de desigualdade natural. Um bandido pode escolher ser desigual a seus pares honestos porque para ele o crime compensa. Naturalmente nem todas as desigualdades são desejadas ou inofensivas. O que ocorre é que "preocupar-se" com o outro é algo "moral" e não instintivo. Isso significa que é necessário superar o instinto básico de sobrevivência, vencendo assim o egoísmo humano. A partir daí deve-se desenvolver a capacidade de empatia para compreender a dor proveniente do outro. Como questões morais são mais difíceis de serem exercidas, pois geralmente envolvem alguma espécie de sacrifício (dedicar tempo, recursos, possível cansaço ou dor física dedicados a outra pessoa), a grande maioria das pessoas apega-se ao próprio instinto de sobrevivência, uma espécie de "egoísmo de fábrica". Por esse motivo é mais fácil importar-se somente consigo mesmo do que com o outro. Há exemplos em que o instinto de proteção ao outro supera o egoísmo, no caso a maternidade, dentre outros. A mentalidade coletivista (em países como o Japão) e a mentalidade cristã, por exemplo, podem dirimir essa tendência individualista e fortalecer um grupo.
Espero ter ajudado!
Bons estudos!