Filosofia, perguntado por sgabrielnoah, 8 meses atrás

1) Podemos fazer uma analogia do helenismo com a ideia de globalização hoje? Justifique

Soluções para a tarefa

Respondido por LaudJoelson
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Resposta:

É sabido que Alexandre Magno, ou Alexandre, O Grande, foi um dos maiores conquistadores, estrategistas militares e administradores políticos da história universal. A expansão dos domínios do império da Macedônia, primeiro para toda a Hélade (o conjunto de cidades-estado que formava a Grécia Antiga, incluindo Esparta e Atenas), depois em direção à Anatólia (atual Turquia), ao Oriente Médio, então dominado pelos persas, e à Índia, foi um dos maiores feitos que o mundo já viu.

Com tal expansão, Alexandre não levou apenas pilhagens e guerras, tampouco assolamento de tradições e culturas. O império alexandrino caracterizou-se por levar também a cultura grega (chamada helênica) para todas as regiões que conquistou. Caracterizou-se também por integrar os elementos das culturas conquistadas, como aqueles da cultura persa (da qual Alexandre era um grande admirador), com os elementos da cultura grega. Esse processo construiu um mundo novo, ecumênico e integrado na Antiguidade que recebeu o nome de Helenismo ou Período Helenístico.

Os termos “helenismo” e “helenístico” foram criados pelo historiador alemão, especialista em cultura clássica, Johann Gustav Droysen. O objetivo de Droysen era estabelecer um quadro compreensivo sobre a interação da cultura helênica com a cultura asiática – isto é, desde a Pérsia até a Índia. Assim como os persas, que tiveram reis como Ciro, O Grande, um profundo apreciador da cultura estrangeira, Alexandre aprendeu a valorizar a cultura alheia sem descaracterizá-la. Chegou, inclusive, a casar-se com uma princesa persa, segundo os rituais típicos desse povo.

A cultura helênica foi assimilando e absorvendo os valores das culturas conquistadas, ao passo em que também inseria nessas as suas características, como o racionalismo e a articulação política aberta. Segundo Droysen:

“A alma asiática é, de maneira geral, mais altiva, mais uniforme e mais limitada que a alma ocidental. Era impossível fazer tabula rasa dos seus preconceitos e costumes, bem como da individualidade profunda dos povos orientais. O trabalho de assimilação só podia se efetuar lentamente, por etapas sucessivas (...). O que triunfou sobre o Oriente, em última instância, não foram os gregos, mas a civilização helênica. Por esse fato, ela se investiu de uma importância primordial. Os elementos dessa civilização (...) eram o racionalismo e a autonomia democrática

Muitas cidades, como Alexandria, no Egito, tornaram-se grandes centros culturais no período helenístico, acomodando saberes científicos, filosóficos, religiosos e literários de imenso valor. Até mesmo durante o período de domínio do Império Romano, a cultura helenística persistiu, tornando-se a base da formação dos homens durante muitos séculos.

Respondido por AnnaSarahAlhadef
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Resposta:

É sabido que Alexandre Magno, ou Alexandre, O Grande, foi um dos maiores conquistadores, estrategistas militares e administradores políticos da história universal. A expansão dos domínios do império da Macedônia, primeiro para toda a Hélade (o conjunto de cidades-estado que formava a Grécia Antiga, incluindo Esparta e Atenas), depois em direção à Anatólia (atual Turquia), ao Oriente Médio, então dominado pelos persas, e à Índia, foi um dos maiores feitos que o mundo já viu.

Com tal expansão, Alexandre não levou apenas pilhagens e guerras, tampouco assolamento de tradições e culturas. O império alexandrino caracterizou-se por levar também a cultura grega (chamada helênica) para todas as regiões que conquistou. Caracterizou-se também por integrar os elementos das culturas conquistadas, como aqueles da cultura persa (da qual Alexandre era um grande admirador), com os elementos da cultura grega. Esse processo construiu um mundo novo, ecumênico e integrado na Antiguidade que recebeu o nome de Helenismo ou Período Helenístico.

Os termos “helenismo” e “helenístico” foram criados pelo historiador alemão, especialista em cultura clássica, Johann Gustav Droysen. O objetivo de Droysen era estabelecer um quadro compreensivo sobre a interação da cultura helênica com a cultura asiática – isto é, desde a Pérsia até a Índia. Assim como os persas, que tiveram reis como Ciro, O Grande, um profundo apreciador da cultura estrangeira, Alexandre aprendeu a valorizar a cultura alheia sem descaracterizá-la. Chegou, inclusive, a casar-se com uma princesa persa, segundo os rituais típicos desse povo.

A cultura helênica foi assimilando e absorvendo os valores das culturas conquistadas, ao passo em que também inseria nessas as suas características, como o racionalismo e a articulação política aberta. Segundo Droysen:

“A alma asiática é, de maneira geral, mais altiva, mais uniforme e mais limitada que a alma ocidental. Era impossível fazer tabula rasa dos seus preconceitos e costumes, bem como da individualidade profunda dos povos orientais. O trabalho de assimilação só podia se efetuar lentamente, por etapas sucessivas (...). O que triunfou sobre o Oriente, em última instância, não foram os gregos, mas a civilização helênica. Por esse fato, ela se investiu de uma importância primordial. Os elementos dessa civilização (...) eram o racionalismo e a autonomia democrática

Muitas cidades, como Alexandria, no Egito, tornaram-se grandes centros culturais no período helenístico, acomodando saberes científicos, filosóficos, religiosos e literários de imenso valor. Até mesmo durante o período de domínio do Império Romano, a cultura helenística persistiu, tornando-se a base da formação dos homens durante muitos séculos.

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