(1) - Para que a gestão da aprendizagem provoque efetividade junto aos processos de ensino e de aprendizagem, a serem vivenciados pelos alunos no espaço da escola , teça considerações referente aos principais conceitos trabalhado nesta disciplina. a leitura significativa ,os conhecimentos prévios a interdisciplinaridade, á avaliação diagnóstica, dentre outros que gostaria de explicitar?
galera me ajudar..por favor
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DA ALFABETIZAÇÃO Defendemos uma abordagem interdisciplinar da alfabetização, mediada pela Pedagogia do Texto, porque entendemos que os aprendizes, ao mesmo tempo que aprendem a ler e escrever, podem informar-se e formar-se, construir e reconstruir conhecimentos, conceitos e representações. Além disso, um processo de alfabetização articulado às Ciências Sociais poderá permitir aos alunos e ao professor ampliação de suas visões de mundo e engajamento num processo simultâneo de autoconhecimento e de inserção crítica e criativa nas realidades educacional e social das quais fazem parte. Faundez (1999), defendendo a Pedagogia do Texto, argumenta: “A maior parte dos conhecimentos (ciências, crenças, emoções, etc.) se exprimem e se comunicam por meio de textos orais e/ou escritos. Para poder se apropriar desses conhecimentos, o ser humano necessita dominar uma infinidade de gêneros de textos, sem os quais ele será confrontado a obstáculos, seja na aprendizagem, seja no ensino de tais conhecimentos”. Por essa razão, quando defendemos a importância de alfabetizar a partir de textos de Ciências Sociais, apontamos, igualmente, a necessidade de os cursos de formação de alfabetizadores garantirem aos mestres-aprendizes o desenvolvimento das competências necessárias à compreensão e domínio dos diferentes gêneros textuais. Dessa forma, sendo a leitura meio e fim de conhecimento, torna-se também possibilidade de autodescoberta, para professores e aprendizes, na medida em que todos podem descobrir-se como sujeitos do processo social e histórico de alfabetização e de vida. O processo de aprender a ler e escrever não se desenvolve espontaneamente, só pelo fato de “o sujeito interagir com a escrita” dentro de um ambiente alfabetizador, como supõem algumas escolas. Ensinar como se lê, bem como ensinar como se escreve exigem do professor domínio de conhecimentos específicos, tais como: estrutura e funcionamento da língua em determinada sociedade, alfabetização nos diferentes gêneros textuais, os quais, para serem compreendidos, precisam ser estudados no contexto do discurso social. Esses e outros conhecimentos específicos da área, articulados a uma formação profissional genérica sobre educação, sobre processo ensino-aprendizagem, são indispensáveis para que o professor desenvolva um ensino de leitura e escrita de boa qualidade. Equivale dizer que o processo ensino-aprendizagem da leitura e escrita pressupõe formação e informação, esforço intelectual, método, disciplina, autodisciplina, desejo, tanto por parte de quem se propõe a ensinar, como parte do aprendiz. Essa proposta pedagógica, que pode ser desenvolvida desde a Educação Infantil à 4ª série do Ensino Fundamental, pressupõe uma revisão conceitual e metodológica da prática de alfabetização e tem em vista dois objetivos: Superar o modelo de alfabetização que separa o ensino da leitura efetiva, tal como na abordagem tradicional, em que a criança é orientada, primeiramente, a “juntar sílabas e formar palavras” e, posteriormente, a “ler as palavrinhas formadas”; Superar a prática de segmentar: “o tempo do início da alfabetização”, do tempo do “ensino de História, Geografia, Ciências e Matemática”. Tal procedimento desconsidera por inteiro o papel específico dessas ciências no processo geral de desenvolvimento e de aprendizagem infantil, mediante as ricas possibilidades que oferece ao aprendiz de elaboração/reelaboração de conceitos científicos e desenvolvimento de determinadas funções psíquicas superiores. Lembrando que os textos de Ciências Sociais, diferentemente das cartilhas silábicas, são portadores de conceitos, informações, valores e conhecimentos. Por meio deles, o sujeito, ao mesmo tempo que aprende a ler, pode apropriar-se criticamente desses conceitos, conhecimentos, informações, que não são outra coisa senão facetas da realidade. E, ao refletir sobre essa realidade, da qual é produto e também produtor, pode descobrir-se como sujeito social e histórico. A Pedagogia do Texto, diferentemente dos métodos silábicos, permite abordar essa realidade social, tomando-a, segundo Braudel (1998), “a mãos cheias, múltipla como se sabe, ao mesmo tempo matéria de história, de economia, de sociologia […]”. O mesmo autor afirma que os textos de história podem ajudar-nos a “reconstituir, com tempos diferentes e ordem de fatos diferentes, a unidade da vida”. Consideramos essencial numa metodologia de ensino de leitura, trabalhar com conceitos e não apenas com palavras, sílabas e letras. Isso implica trabalhar com os diferentes gêneros textuais como produções sociais, portadores de sentidos, intenções e objetivos. Muito mais do que habilidades perceptivas motoras, como enfatizam as teorias e práticas tradicionais de alfabetização, é o pensamento da criança que precisa ser instigado de modo sistemático e contínuo durante a alfabetização.