1. Pai e filho empregam a palavra mágica em classes gramaticais diferentes. Explique.
2. A que o autor compara a capacidade de usar bem as palavras?
3. Segundo o autor, que cuidado deve ser tomado com as palavras para que o recado seja transmitido?
4. Quando cita: “Na época em que a gente não podia escrever tudo o que queria, estilo muitas vezes era disfarce”. A que época ele está se referindo? Por que as palavras precisavam usar disfarce?
5. E hoje, o que mudou, segundo o autor?
6. No texto, Luís F. Veríssimo cita Mário Quintana. O que ambos têm em comum?
A palavra mágica
Peguei meu filho no colo (naquele tempo ainda dava), apertei-o com força e disse que só o soltaria se ele dissesse a palavra mágica. E ele disse a palavra
"mágica". Soltei-o em seguida. Um adulto teria procurado outra palavra, uma encantação que o libertasse. Ele não teve dúvida. Me entendeu mal, mas acertou. Disse o que eu pedi. (Não, não, hoje ele não se dedica às ciências exatas. É cantor e compositor). Nenhuma palavra era mais mágica do que a palavra "mágica".
Quem tem o chamado dom da palavra cedo ou tarde se descobre um impostor. Ou se regenera, e passa a usar a palavra com economia e precisão, ou se refestela na impostura: Nabokov e seus borboleteios, Borges e seus labirintos. Impostura no bom sentido, claro - nada mais fascinante do que ver um bom mágico em ação. Você está ali pelos truques, não pelo seu desmascaramento. Mas quem quer usar a palavra não para fascinar mas para transmitir um pensamento ou apenas contar uma história tem um desafio maior, o de fazer mágica sem truques. Não transformar o lenço em pomba mas usar o lenço para dar o recado, um lenço-correio. Cuidando, o tempo todo, para que as palavras não se tornem mais importantes do que o recado e o artifício - a impostura - não apareça, ou não atrapalhe.
O Mario Quintana disse que estilo é uma dificuldade de expressão. Na época em que a gente não podia escrever tudo o que queria, estilo muitas vezes era disfarce. Apelava-se para metáforas, elipses, entrelinhas, e dê-lhe parábolas sobre déspotas militares - na China do século 15. Uma impostura maior, a do poder ilegítimo, obrigava à impostura da meia palavra, do truque mais ou menos óbvio. O consolo era que o medo da palavra de certa forma a enaltecia: estava implícito que o regime só sobrevivia porque a palavra não podia exercer todo o seu sortilégio. Hoje, livres da obrigação de dissimular, podendo ser econômicos e precisos sem artifício, nos descobrimos sem nem estilo nem muita relevância, mais impostores do que nunca. Pois pode-se escrever tudo e - já que, na manhã seguinte, o Brasil e o mundo continuam do mesmo jeito - não adianta nada. A palavra "mágica" é só a palavra "mágica".
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
1)O pai ficou feliz ao pegar o filho no colo por esse motivo ele usou a palavra magica nesse caso ele sentiu magia, e o seu filho utilizou a palavra magica por conta que o pai pediu e o deixou descer.
2) Saber interpretar um texto mesmo que ele utilize as mesmas palavras elas provavelmente terão significados diferentes, como nesse caso.
3)O Mario Quintana disse que estilo é uma dificuldade de expressão.
4) Na época em que ele ainda era criança, e precisa utilizar palavras e elas não tinham um duplo significado.
5) Que hoje somos livres obrigação de dissimular, podendo ser econômicos e precisos sem outros meios.
6) O uso das palavras e forma de se comunicar com o leitor
Vivyane:
Vc poderia me ajudar nessas outras duas questões?
Respondido por
1
1- O pai usa a palavra "mágica" buscando uma palavra que traga magia, o filho a usa no sentido real da mesma.
2 - A um impostor
3-Usar a palavra diretamente, sem recursos linguísticos, para que seja bem entendida
4 - Época da ditadura militar.
5 - Hoje, por conta da democracia, podemos falar abertamente.
6- Ambos se referem a proibição do uso de palavras em uma determinada época.
2 - A um impostor
3-Usar a palavra diretamente, sem recursos linguísticos, para que seja bem entendida
4 - Época da ditadura militar.
5 - Hoje, por conta da democracia, podemos falar abertamente.
6- Ambos se referem a proibição do uso de palavras em uma determinada época.
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