1) Observe os verbos sublinhados nas passagens abaixo, todos no singular:
Há cem anos as mulheres que circulam pela Rio Branco já foram chamadas de tudo (l. 10) Sequer bondes há. (l. 29) Por aqui passou o “broto”, o “avião”, (...) e tantas outras que podem não estar mais no mapa, (l. 11-13) dentro da mina, afinal, cabe tanto a pepita de ouro como a cavidade que se enche de pólvora (l. 33-34).
Explique, com base nas regras de concordância da norma padrão, por que, nesses exemplos, o verbo haver fica sempre no singular, e por que passar e caber poderiam estar no plural: passaram e cabem.
Soluções para a tarefa
Resposta: Nas duas referencias do verbo "haver", ele é impessoal, ou seja o sujeito é inexistente. Na primeira menção, tem o sentido de "fazer", diferente da segunda, no qual o verbo está sendo apresentado no sentido de "existir. Já os verbos, "passar" e "caber" tem sujeitos compostos e por isso podem estar no plural.
Explicação: Vale lembrar que quando o sujeito é inexistente, o verbo é impessoal.
O verbo "haver" fica sempre no singular nesses exemplos porque foi usado para indicar tempo decorrido ("há cem anos") e com o sentido de existir ("sequer bondes há"). Portanto, é um verbo impessoal, que não admite sujeito, devendo ficar na 3ª pessoa do singular.
Os verbos "passar" e "caber" poderiam estar no plural, porque poderiam estar concordando com todos os núcleos do sujeito. Assim:
- "Por aqui passaram o “broto”, o “avião”, (...) e tantas outras que podem não estar mais no mapa..."
- "cabem tanto a pepita de ouro como a cavidade...".
A parte sublinhada acima corresponde ao sujeito de cada oração. Note que ele é formado por mais de um núcleo, sendo um sujeito composto.
Concordância verbal
Princípio de sintaxe que determina que o verbo deve ser flexionado para concordar com o sujeito da oração. O verbo se flexiona em número (singular/plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) para concordar com o sujeito.
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