1. Observe a seguinte declaração sobre o Pré-Modernismo:
TEXTO I
“Creio que se pode chamar pré-modernismo (no sentido
forte de premonição dos temas vivos em 22) tudo o que,
nas primeiras décadas do século, problematiza a nossa
realidade social e cultural. (...) Caberia ao romance de
Lima Barreto e de Graça Aranha, ao largo ensaísmo
social de Euclides da Cunha e à vivência brasileira de
Monteiro Lobato o papel histórico de mover as águas
estagnadas da Belle époque, revelando, antes dos
modernistas, as tensões que sofria a vida nacional”.
BOSI, Alfredo. "História concisa da literatura brasileira".
São Paulo: Cultrix, 1994. p. 306.
TEXTO II
[...] Os pré-modernistas não foram propriamente uma
escola literária, mas um núcleo de transição entre as
convicções do século XIX e as do século XX.
TEIXEIRA, Ivan. Policarpo Quaresma como caricatura
de uma ideia de Brasil. In: BARRETO, Lima. Triste fim
de Policarpo Quaresma. São Paulo: Ateliê editorial,
2001.
TEXTO III
PARA REFLETIR...
“Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
Com a água dos rios no meio,
O Brasil está dormindo, coitado!”
Carlos Drummond de Andrade
TEXTO IV
“E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela
não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E,
quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que
achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa
gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois
não a via matar prisioneiros inúmeros? Outra decepção.
A sua vida era uma decepção, uma série, um
encadeamento de decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma
criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física,
nem a moral, nem a intelectual, nem a política que
julgava existir existia, havia”.
BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.
São Paulo, Ática,1983. p. 152.
1- Os fragmentos III e IV revelam que o Brasil é um país que vive o desencontro entre o ideal e o real. Já
os fragmentos I e II abordam os aspectos do Pré-modernismo. À luz das discussões realizadas em classe,
comente sobre o projeto literário do Pré-Modernismo. Por que a produção literária desse período não chegou
a constituir uma estética comparável a de outros momentos, como o Arcadismo ou o Romantismo? Além disso, explique por que o conceito de projeto literário ajuda a agrupar escritores tão diferentes como Euclides
da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos. Seja claro e conciso.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Olá, tudo bem?
O exercício é sobre o pré-modernismo.
O pré modernismo não chegou a ser uma escola, mas sim algumas obras publicas por alguns autores que fugiam da característica realismo ou naturalista.
Era como se um embrião estivesse sendo gerado e esse embrião falava do Brasil, dos diversos tipos de brasileiros que não eram os heróis dos romances de então.
Ficou mais conhecido como projeto literário e agrupou autores tão diferentes por conta da temática de suas obras. Euclides da Cunha, em sua obra Os Sertões não trata de nenhum herói militar, mas sim do anti-herói Antônio Conselheiro, Lima Barreto apresenta os personagens reais e vívidos dos subúrbios, Monteiro Lobato cria fábulas com personagens e lendas brasileiras e Augusto dos Anjos fica entre o simbolismo e o parnasianismo, dizendo não a todos eles nos seus poemas exasperados. Depois destes, que talvez nasceram antes do tempo, talvez devessem ter nascido para o modernismo, quem sabe? Mas depois destes já se podia criar um Macunaíma.
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Sucesso nos estudos!!!