Sociologia, perguntado por car0179, 3 meses atrás

1) o que são classes sociais
2) quais características são consideradas para afirmar que um grupo ou instituição familiar faz parte da classe alta?
3) quais são as características que derefencias sociologicamente a classe alta da baixa?
4) o que significa a sigla IBGE

5) segundo o IBGE, quais são as categorias básicas das classes sociais no Brasil segundo a renda familiar ?

6) segundo a divisão do IBGE das classes sociais feita em categorias, qual classe poderia ser considerada como classe alta e classe baixa respectivamente?.​

Soluções para a tarefa

Respondido por nairf0132
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Classe social é um conceito da Sociologia que se refere à divisão socioeconômica do mundo em um sistema capitalista. Há uma hierarquia de grupos sociais, as classes, que possuem diferentes importâncias e ocupam diferentes cargos dentro da divisão social do trabalho. Chamamos de estratificação social o fenômeno que permite essa divisão.

Veja também: Desigualdade social: problema observado pela análise das classes sociais

Tópicos deste artigo

1 - Classe social para a Sociologia

2 - Classe social para Karl Marx

3 - Classe social e estratificação social

4 - Classe social para o IBGE

Classe social para a Sociologia

O conceito de classe social passou a ganhar destaque na Sociologia ainda em seu período clássico (no século XIX, período em que a Sociologia foi criada). O filósofo, sociólogo e economista alemão Karl Marx dedicou-se a estudar o fenômeno das classes sociais e a interação entre elas.

Com o avanço dos estudos sociológicos, novas classificações passaram a denominar o conceito de classe social, e vários outros sociólogos, historiadores, geógrafos e economistas dedicaram-se a estudar esse fenômeno. Podemos citar como exemplos o sociólogo clássico, professor, jurista e escritor francês Émile Durkheim, o economista inglês John Maynard Keynes e o geógrafo britânico de inspiração marxista David Harvey, autor do livro Condição Pós-Moderna |1|.

Para os sociólogos em geral, a estratificação social (fenômeno social que gera a divisão de classes) é uma consequência do capitalismo e da intensa divisão social do trabalho produzida por esse sistema. Para Durkheim, o trabalho em sociedades capitalistas pós-industriais é diversificado e entoado por diversas pessoas em diferentes postos de trabalho.

Não é possível, nesse sistema dividido, haver autossuficiência de um indivíduo, pois como o trabalho é dividido, diversas pessoas exercem diversas atividades diferentes, gerando um sistema que cria as classes sociais ao estabelecer diferentes valorizações e diferente níveis de importância das atividades exercidas.

O sociólogo francês Émile Durkheim, autor do livro A divisão Social do Trabalho.

Temos, como exemplo, o faxineiro de uma indústria, o operário de uma indústria, o engenheiro de produção de uma indústria, o dono da indústria e o médico que pode cuidar da saúde de todas as pessoas descritas no exemplo. Essas pessoas têm diferentes níveis de instrução e diferentes tipos de trabalho, o que, na teoria das classes sociais, sob o viés capitalista de Durkheim, justifica o fato de cada um ter uma diferente posição hierárquica e uma diferente remuneração.

Obviamente, o faxineiro da indústria é o que ganharia menos no sistema por desenvolver um trabalho que requer pouca instrução. O operário ganharia um pouco mais, mas menos que o engenheiro e o médico, que têm formação superior e estão na categoria de prestadores de serviços. Já o dono da indústria seria o que possuiria maior remuneração, mesmo sem ter, muitas vezes, um nível de escolaridade compatível ou superior à escolaridade do engenheiro e do médico. Isso porque ele é o dono dos meios de produção e tem direito ao lucro obtido pela produção de sua indústria.

Para Weber, há um status relacionado às classes sociais que não é medido somente pela divisão do trabalho, mas pelo tipo de trabalho (ocupação), pelo consumo e pelo estilo de vida. Nesse sentido, nas sociedades capitalistas que surgiram, sobretudo a partir do século XX (sociedades em que o consumo é hipervalorizado), o que você tem, compra e exibe é um demonstrativo da classe a que você pertence e do prestígio social que você tem.

Leia também: Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade

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Classe social para Karl Marx

O filósofo e sociólogo alemão Karl Marx foi um crítico da divisão de classes sociais. Para o pensador, a divisão social do trabalho nada mais é que a exploração do trabalhador por parte da classe burguesa. Só existem, segundo Marx, duas classes sociais: a burguesia (donos dos meios de produção) e o proletariado (trabalhadores explorados pela burguesia).

Na ótica marxista, a burguesia estaria usurpando a força de trabalho das pessoas por meio da exploração de sua miséria para conseguir fazer com que esses trabalhadores gerem lucros para o próprio burguês. Dessa maneira, não haveria (e realmente não há) mobilidade social quase nenhuma, pois as pessoas eram exploradas e não tinham condições de caminhar entre os estratos sociais e ascender socialmente, sendo exploradas pela burguesia por toda a sua vida. Toda essa dinâmica capitalista que deu origem à teoria marxista, também conhecida como materialismo histórico dialético ou socialismo científico, foi detalhadamente descrita no livro O Capital.

Karl Marx foi um dos pilares para os estudos sociológicos.

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