1) O que produz a participação desigual dos afrodescendentes
no mercado de trabalho brasileiro?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Em pleno século XXI persistem as graves desigualdades de gênero e raça no Brasil. Entender a dinâmica econômica e social da desigualdade entre os brasileiros brancos e afrodescendentes é fundamental para a construção de sociedade democrática e justa como a que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) defende.
Reconhecemos os avanços da legislação brasileira no que diz respeito ao combate à discriminação racial, porém, a diferenciação por raça ainda é uma das mais frequentes formas de exclusão social praticadas no país. O mercado de trabalho lidera o ranking desta desigualdade como mostra a precariedade dos vínculos: os negros têm salários menores, pior inserção ocupacional e são maioria nas taxas de desemprego. E o caso das mulheres negras é ainda mais injusto porque elas são duplamente discriminadas.
Segundo as Pesquisas de Emprego e Desemprego (PED) do DIEESE, em 2010, a taxa de desemprego total entre as trabalhadoras negras foi de 16,9% - mais que o dobro da taxa masculina dos não negros (8,1%). O rendimento médio das mulheres negras representava 44,4% dos homens não negros e o rendimento médio dos homens negros 62% dos não negros.
A desigualdade mais visível, que atinge a todos, independentemente da posição na ocupação ou setor de atividade econômica da atuação é, no entanto, a de salário.
A política de valorização do salário mínimo negociada pela CUT e demais centrais sindicais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diminuiu nos últimos anos a diferença de rendimentos no mercado de trabalho, principalmente entre negros e não negros.
O acesso desigual aos serviços públicos é um reflexo da participação desigual dos afrodescendentes no mercado de trabalho. Na prática, isso quer dizer muitas pessoas negras com níveis de educação mais baixos não conseguem as mesmas vagas que outros grupos sociais que foram historicamente mais privilegiados.
São fatores que ainda contribuem para a participação desigual dos afrodescendentes no mercado de trabalho brasileiro:
- Desigualdades sociais e econômicas - que interferem na criação de redes de contatos com pessoas de grande influência no mercado de trabalho;
- Preços das assinaturas nas plataformas de empregos - os preços representam um obstáculo com relação à candidatura de uma pessoa negra a uma determinada vaga de trabalho.
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