1) O que os irmãos Villas-Boas foram fazer nas aldeias indígenas na década de 1940?
2) Como foi o primeiro contato dos irmão com os indígenas?
3) Por que o governo da época chamava as terras indígenas de terras desocupadas?
4) Como foi a reação dos indígenas com as coisas que os irmãos carregavam?
5) Como os indígenas viviam na aldeia?
6) Por que os indígenas morreram? O que os irmão fizeram depois?
7) O que algumas pessoas ruins fizeram na aldeia indígena quando os irmãos saíram?
8) Qual foi o acordo que os irmãos fizeram com o governo para ter a Reserva Indígena de Xingu?
9) Aonde ficava a Reserva de Xingu? Quando a Reserva será inaugurada?
10) Como os irmão levaram os indígenas para a Reserva de Xingu?
11) Por que a reserva indígena de Xingu era importante?
12) Quem eram aquelas pessoas que estavam invadindo a reserva de maneira ilegal? O que eles estavam fazendo? O que ocorreu?
Soluções para a tarefa
Resposta:
“Essa terra já tem dono”. A frase foi citada diversas vezes pelos irmãos Villas Bôas, Orlando (1914-2002), Cláudio (1916-1998) e Leonardo (1918-1961), diante de políticos, militares e governantes, enquanto desbravavam o interior do Brasil. A ocasião era o início da década de 1940, quando os irmãos sertanistas estabeleceram contatos com povos indígenas ao entrarem em terras até então desconhecidas, no período que o País caminhava rumo a ocupação do território nacional.
O contexto em que o Brasil estava inserido nesta época, segundo explica Orlando Villas Bôas Filho, era durante a Segunda Guerra Mundial e sua capital era o Rio de Janeiro. “Ainda era (o Brasil) um país litorâneo, não havia propriamente ocupado o seu território e era pressionado externamente por essa ocupação. Era contestado pela sua soberania nacional, por não ocupar a totalidade territorial que lhe pertencia”, diz o filho do sertanista Orlando Villas Bôas.
Foi nesta condição que o então presidente da República, Getúlio Vargas, estabeleceu a “Marcha para o Oeste”, um projeto amplo de colonização no País. “Este projeto não tinha preocupação nenhuma com a questão indígena, não figurava em sua agenda original, era simplesmente de colonização para garantir a soberania brasileira”, conta Orlando Filho.
A questão indígena só teve atenção por causa do “espírito aventureiro” de três paulistas do interior, que, depois de se mudarem para a cidade de São Paulo, “sentiam-se deslocados no cotidiano de seus trabalhos, sem um horizonte definitivo sobre o que queriam fazer. A Marcha para o Oeste estava no começo e era amplamente divulgada pela imprensa. Meu pai e meus tios tentaram se engajar, mas foram recusados no alistamento. O articulador do projeto, o coronel Flaviano de Mattos Vanique, não queria gente da cidade, mas pessoas que já trabalhavam com a terra”.