Português, perguntado por grazielas14, 1 ano atrás

1- o poema apresenta um conteúdo filosófico. De acordo com a concepção do eu lírico: a) A que a vida é comparada?
B) O que se leva da vida? Retire do poema um trecho que comprove a resposta.
(poema abaixo)

"Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.

Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e caricias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento —
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,
Pagã triste e com flores no
regaço. "

Soluções para a tarefa

Respondido por JuarezJr
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1.
a) A vida é comparada ao rio, pois ambos passam, não ficam, não regressam.

b) Levamos da vida as lembranças das pessoas amadas e dos bons momentos que vivemos. Isso fica claro no trecho: "E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio/ Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti./ Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio,/ Pagã triste e com flores no regaço. "
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