1. O livro de Lewis Carroll é considerado uma das obras mais importantes da literatura fantástica.
a. O próprio autor sugere, no título, que o livro possui elementos estranhos, insólitos.
Explique como essa sugestão é feita no título.
b. Aponte três detalhes insólitos do texto, ou seja, que não têm verossimilhança externa.
Soluções para a tarefa
Resposta:
O gênero fantástico se relaciona a tudo que é gerado pelo imaginário, ao que não pertence à realidade convencional. Esta palavra é originária do latim phantasticus que tem sua fonte no idioma grego: phantastikós. O autor Jorge Luís Borges afirma que uma conexão entre causa e efeito de natureza extraordinária vincula os fatos ao longo de uma história fantástica. Isso vale tanto para um livro quanto para um filme desta espécie. Zumbis, criaturas monstruosas de toda espécie, árvores, pedras e animais falantes são alguns dos elementos não definidos como reais, pelo menos dentro dos parâmetros da razão humana, a qual não compreende e rejeita estes eventos. Um dos maiores teóricos desta corrente literária, Tzvetan Todorov, afirma em seu clássico Introdução à Literatura Fantástica, que no âmago de um real orientado por orientações legais, todos os acontecimentos não justificáveis por elas incorrem na hesitação entre a realidade e a imaginação. Assim, a fantasia só está presente nesta incerteza. Normalmente o gênero fantástico abriga três vertentes: a ficção científica, a fantasia e o horror. Aqui me restrinjo à fantasia; eu contemplarei as outras esferas em artigos específicos.
Explicação:
Resposta:
a) A sugestão é feita pelo uso adjetivo louco, que indica que o chá descrito no capítulo terá características fora do comum, absurdas, incoerentes.
b) Elementos insólitos que podem ser apontados: – personagens: animais que falam e agem como as personagens humanas (a Lebre de Março e o Dormundongo; – comportamentos estranhos: o sono do Dormundongo, tão pesado que ele não acorda em quando o usam como almofada para o cotovelo; o fato de as personagens se amontoarem num canto da mesa, deixando os outros lugares vazios; a proposição de uma adivinha absurda, sem solução; – a referência ao Tempo (com maiúscula), como um ser vivo.