1) O Império Romano entrou em crise por um conjunto de fatores que seriam:
(a) A reivindicação dos escravizados pela melhora de suas condições de vida e a reação
contrária dos seus proprietários o que levou a um ambiente de revolta e instabilidade social no
interior do Império.
(b) O crescimento da religião cristã, que quebrou a unidade religiosa do Império e o
consequente conflito entre os cristãos e os defensores do paganismo, o que enfraqueceu o
Império, tornando-o vulnerável as invasões dos povos bárbaros.
(c) As disputas sucessórias entre diversos grupo pelo trono, instigadas por setores ligados ao
cristianismo emergente, o que levou ao surgimento de guerras civis,
(d) A decadência do sistema de mão de obra escravista, as lutas internas pelo trono e a pressão
exercida por povos estrangeiros nas fronteiras do Império, em especial, os Bárbaros.
Soluções para a tarefa
No século III, observamos o desenvolvimento de uma grave crise que influenciaria enormemente na desintegração do Império Romano. Tomado por um território de grandes proporções, o Estado não conseguia manter sua hegemonia político-administrativa entre os vários povos que estavam sob o seu domínio. Ao mesmo tempo em que as riquezas obtidas eram imensas, os problemas e gastos também se manifestavam em semelhante proporção.
O cenário veio a se agravar com a crise do sistema escravista, desencadeada pela ausência de novos territórios a serem conquistados e que, por sua vez, garantiriam o fornecimento da enorme força de trabalho que sustentava o Império. Com o passar do tempo, a falta de escravos determinava um natural processo de retração econômica, já que os proprietários de terra não poderiam arcar com a exploração de todas as terras disponíveis para a atividade agrícola.
Uma vez instalada tal retração da economia romana, o Estado sofria com a diminuição significativa na arrecadação de impostos que lhe fornecia sustento. A falta desses recursos fazia com que os enormes gastos destinados ao exército fossem sensivelmente diminuídos. De modo direto, a imposição desse problema financeiro enfraquecia os contingentes militares que realizavam a proteção das fronteiras romanas, até então, já pressionadas com o avanço dos povos bárbaros .
Nesse cenário de desestruturação, podemos ver que os grandes proprietários de terra passaram a realizar o arrendamento de suas terras como meio de garantir a exploração econômica das mesmas. Plebeus vindos das cidades (em crise por conta da retração das atividades comerciais), escravos libertos e pequenos agricultores livres, ganhavam o direito de exploração das terras oferecendo em troca, o emprego de sua mão de obra nas terras do proprietário.
Desse modo, percebemos que a rica e dinâmica economia sustentada pelo trabalho escravo começava a ruir progressivamente. Sem forças, o governo romano permitiria a entrada dos bárbaros em seus domínios, um grande número de escravos seria liberto mediante a retração da economia e a grande massa plebeia, sustentada pelo governo, perdia os seus privilégios. Na esfera econômica, as atividades abandonariam um mercado articulado para então, voltar-se à subsistência local.
Observando o desencadeamento desses acontecimentos, vemos que o Império Romano perdia as características fundamentais que organizaram sua própria existência. Em linhas gerais, vemos que ao longo das décadas, uma vasta parcela daqueles domínios estaria marcada por outras características e práticas nos âmbitos cultural, econômico e político. A crise se instalava, para assim, termos o desenvolvimento de experiências que marcariam o início da Idade Média.