1 - o governo só podia recrutar pessoas livres e libertas . por que nai podia recrutar escravos ?
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pesar de que a guerra da independência no Brasil, na qual patriotas do recôncavo açucareiro de Salvador, capital da Bahia, assediaram tropas portuguesas que se fortificaram na cidade (meados de 1822 até 2 de julho de 1823) não se aproximasse do tamanho nem da duração das lutas d'alhures, os patriotas todavia recorreram ao recrutamento de escravos, e o conflito abalou a escravidão nessa região de grande concentração de engenhos. O episódio, contudo, tem recebido pouca atenção acadêmica e contradições notáveis permeiam a literatura sobre esse recrutamento de escravos. Um historiador chega a negar que escravos fossem recrutados4, enquanto outros confundem o recrutamento de escravos com os esforços maiores de mobilizar a população não-branca, livre e liberta, contra as forças portuguesas5.
De fato, houve recrutamento de escravos na Bahia, mas foi um esforço muito improvisado, que não foi ordenado nem regulado por decreto. Antes, o general francês nomeado pelo imperador Dom Pedro I para comandar as forças patriotas na Bahia, Pierre Labatut, recrutou e alistou escravos que foram confiscados de senhores-de-engenho portugueses ausentes. Embora Labatut solicitasse autorização formal para tal recrutamento da junta patriota local, o Conselho Interino do Governo, ele não a recebeu, e pouco depois foi destituído do comando num golpe pacífico em maio de 1823 (por razões não ligadas diretamente ao seu empenho ao recrutamento de escravos). Contudo, a guerra desordenou profundamente a ordem social dessa sociedade escravista, da mesma maneira que os conflitos em outras regiões das Américas afetaram a instituição. A necessidade de mão-de-obra militar levou os patriotas a abandonarem a exclusão de não brancos das forças armadas regulares (o exército), vigente na época colonial, e contribuiu à fácil aceitação de trabalhadores escravos em funções militares auxiliares. A conseqüente proximidade de escravos e soldados levou inexoravelmente ao recrutamento de alguns escravos sob pretexto de serem livres.
De fato, houve recrutamento de escravos na Bahia, mas foi um esforço muito improvisado, que não foi ordenado nem regulado por decreto. Antes, o general francês nomeado pelo imperador Dom Pedro I para comandar as forças patriotas na Bahia, Pierre Labatut, recrutou e alistou escravos que foram confiscados de senhores-de-engenho portugueses ausentes. Embora Labatut solicitasse autorização formal para tal recrutamento da junta patriota local, o Conselho Interino do Governo, ele não a recebeu, e pouco depois foi destituído do comando num golpe pacífico em maio de 1823 (por razões não ligadas diretamente ao seu empenho ao recrutamento de escravos). Contudo, a guerra desordenou profundamente a ordem social dessa sociedade escravista, da mesma maneira que os conflitos em outras regiões das Américas afetaram a instituição. A necessidade de mão-de-obra militar levou os patriotas a abandonarem a exclusão de não brancos das forças armadas regulares (o exército), vigente na época colonial, e contribuiu à fácil aceitação de trabalhadores escravos em funções militares auxiliares. A conseqüente proximidade de escravos e soldados levou inexoravelmente ao recrutamento de alguns escravos sob pretexto de serem livres.
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