Português, perguntado por felipe3955, 3 meses atrás

1. O desenlace trágico é prenunciado por vários indícios ao longo do texto. Assinale a alternativa que contém uma evidência: a. "[...] quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão”. b. “Como não tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem dinheiro no bolso estava proibida de aparecer lá”. C. "Teve uma ideia: acender um daqueles fósforos para aquecer os dedos entanguidos. Assim fez". d. "A boa velhinha fora a única pessoa na vida que lhe dera amor, e costumava dizer que quando uma estrela cai é sinal de que alguém está morrendo e com a alma a ir para o céu”. Pfv, me ajuda​

Soluções para a tarefa

Respondido por leticia565892
3

Explicação:

A menina dos fósforos

1

Isto foi num desses países onde a neve cai durante o tempo de inverno

– e fazia um horrível frio naquela noite do ano.

2 Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá

seguia, de pés descalços pela cidade deserta. Descalça? Sim.

É verdade que saíra de casa com um par de chinelas muito

grandes para seus pés, pois tinham sido de sua mãe. Ao atravessar

a rua, porém, teve de correr para desviar-se duma carruagem

na disparada, e perdeu as chinelas; quando voltou para procurá-

-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com

ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele. O outro pé

não foi possível encontrar – com certeza sumiu enterrado na neve pelas

patas dos cavalos.

3 Por isso lá ia a menina de pés nus e já azuis de frio. Era uma vendedeira de

fósforos, do tempo em que os fósforos se vendiam soltos e não em caixa; no

avental trazia uma porção deles e na mão um punhadinho. Mas ninguém lhe

comprara ainda um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no

bolso. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha.

4 Flocos de neve recobriam seus cabelos cor de ouro, todos

cacheados, sem que a menina desse por isso.

5 Em muitas casas a luz do interior saía pelas janelas misturada com

um saboroso cheiro de ganso assado – porque era dia de S. Silvestre, dia

em que todos podem comer um ganso assado.

6 Em certo ponto a menina sentou-se encolhidinha rente a uma parede e cruzou

os pés debaixo da saia. Nada adiantou. Sentiu-os mais enregelados ainda. Como não

tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem dinheiro no

bolso estava proibida de aparecer lá.  

7 Seu pai com certeza que a surraria – além disso o frio era lá tanto como ali. Uma

casa velha, de teto esburacado e paredes rachadas por onde o vento entrava zunindo.

8 Suas mãozinhas começaram a perder os movimentos.

9 Teve uma ideia: acender um daqueles fósforos para aquecer os dedos entanguidos.

Assim fez. Riscou um fósforo na parede – chit! Que luz bonita e que agradável quentura!

O fósforo queimava qual velinha, com a chama defendida do vento pela sua mão em

concha. Que bom! A menina sentia como se estivesse sentada diante dum grande fogão,

com ferro para mexer as brasas e uma caixa de lenha ao lado. Tão agradável aquele

calorzinho do fósforo, que ela espichou o pé para que também aproveitasse um pouco –

mas nisto a chama foi morrendo e afinal apagou-se. Só ficou em sua mão um toquinho

carbonizado.

10 A menina riscou outro fósforo, e à luz dele a parede da casa a que estava encostada

tornou-se transparente como um véu, deixando ver tudo quanto se passava lá dentro.

Estava posta uma grande mesa, com toalha alvíssima e prataria de porcelana; no

centro, um ganso recheado de maçãs e ameixas, que recendia um perfume delicioso.

De repente o ganso ergueu-se da travessa e, ainda com a faca e o garfo de trinchar

espetados no papo, veio na direção dela.

11 Nisto o fósforo apagou-se e tudo desapareceu. A menina riscou outro fósforo, e

imediatamente se achou sentada debaixo da mais bela árvore de Natal que seus olhos

ainda tinham visto nas casas de brinquedos. Mil velinhas ardiam na ponta dos galhos,

e os enfeites dependurados pareciam olhar para ela. Mas esse fósforo também foi se

apagando, e à medida que se ia apagando a árvore de Natal ia crescendo, crescendo e as

velinhas subindo até ficarem como estrelas no céu. Uma delas caiu, traçando um longo

risco de luz.

12 – Alguém está morrendo, pensou a menina com a ideia em sua avó. A boa velhinha

fora a única pessoa na vida que lhe dera amor, e costumava dizer que quando uma

estrela cai é sinal de que alguém está morrendo e com a alma a ir para o céu.  

13 A menina acendeu outro fósforo – e desta vez o que apareceu foi sua própria vovó,

brilhante como um espírito e com o mesmo olhar meigo de sempre.

14 – Vovó! – exclamou ela. — Leve-me consigo! Eu sei que a senhora vai sumir-se

quando este fósforo chegar ao fim, como aconteceu com o ganso recheado e a linda

árvore de Natal.

15 E para que isso não acontecesse, a menina tratou de acender um fósforo atrás do

outro, sem esperar que a chama morresse. Era o meio de conservar a vovó perto de si.

16 E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe

apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou a netinha nos braços e com

ela voou, radiante, para as alturas onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem

cuidados – para o céu.

17 No outro dia encontraram o corpo da menina entanguido na calçada, com as faces

roxas e um sorriso feliz nos lábios. Havia morrido de fome e frio na última noite daquele

dezembro.

18 O sol do novo ano veio brincar sobre o pequenino cadáver. Em sua mãozinha rígida

estavam ainda os fósforos que não tivera tempo de acender. Os passantes olhavam e

diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as

lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano-novo em

companhia de sua vovó.

Texto.


felipe3955: qual a resposta??
leticia565892: B)"Ela viu então o interior de uma casa, onde estava posta uma mesa, com toalha muito alva e fina porcelana."
felipe3955: não tem essa alternativa
isabelaeleuteriobert: n msm
isabelaeleuteriobert: ajudaaa
Respondido por renatomartinsrmbm
1

Resposta:

d. "A boa velhinha fora a única pessoa na vida que lhe dera amor, e costumava dizer que quando uma estrela cai é sinal de que alguém está morrendo e com a alma a ir para o céu”

Explicação:

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