1. No primeiro parágrafo do texto aparecem os quatro elementos característicos desse tipo de texto: onde, quando, o quê, quem. Defina-os de acordo com o texto.
2. No trecho “Mas todos gostaram logo dele, porque era meio doido e meio santo; e compreender deixaram para depois”
a) No princípio da oração, a conjunção ‘mas’ indica relação com a ideia anterior. Com qual ideia ela estabelece oposição?
b) Explique que tipo de relação se estabelece entre gostar e compreender.
c) Cite uma atitude do personagem que permite classificá-lo como doido. d) Cite uma atitude da personagem que permite classificá-lo como santo.
TEXTO I A hora e a vez de Augusto Matraga
(...)
E assim se que, lá no povoado do Tombador – onde, às vezes, pouco às vezes e somente quando transviados da boa rota, passavam uns bruaqueiros tangendo tropa, ou uns baianos corajosos migrando rumo sul – apareceu, um dia, uma home esquisito, que ninguém não podia entender.
Mas todos gostaram logo dele, porque era meio doido e meio santo; e compreender deixaram para depois.
Trabalhava que nem um afadigado por dinheiro, mas, no feito, não tinha nenhuma ganância e nem se importava com acrescentes: O que vivia era querendo ajudar os outros. Capinava para si e para os vizinhos do seu fogo, no querer de repartir, dando de amor o que possuísse. E só pedia, pois, serviço para fazer, e pouca ou nenhuma conversa.
O casal de pretos, que moravam junto com ele, era quem mandava e desmandava na casa, não trabalhando um nada e vivendo no estadão. Mas ele, tinham-no visto mourejar até dentro da noite de Deus, quando havia luar claro.
Nos domingos, tinha o seu gosto de tomar descanso: batendo mato, o dia inteiro, sem sossego, sem espingarda nenhuma e nem nenhuma arma de caçar; e, de tardinha, fazendo parte com as velhas corocas que rezavam terço ou aos meses dos santos. Mas fugia às léguas de viola ou sanfona, ou de qualquer outra qualidade de música que escuma tristezas no coração.
Quase sempre estava conversando sozinho, e isso também era de maluco, diziam; porque eles ignoravam que o que fazia era apenas repetir, sempre que achava preciso, a fala final do padre: _ “Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua”. – E era só.
E assim se passaram pelo menos seis ou seis anos e meio, direitinho deste jeito, sem tirar nem pôr, sem mentira nenhuma, porque esta aqui é uma estória inventada, e não é caso acontecido, não senhor.
ROSA, João Guimarães. Ficção completa, em dois volumes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 443.
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não entendi is jajanbsiak ysn si sim dos. sim sj
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