ENEM, perguntado por jh0enzinhape, 1 ano atrás

1 - No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou:
“Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz.” (Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982).
Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius (A) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão europeia, respeitavam a flora e a fauna do país. (B) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios. (C) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz. (D) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América. (E) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão “civilizadora europeia”, típica do século XIX.

Soluções para a tarefa

Respondido por thiagoribas48
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E) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão ''civilizadora europeia'', típica do século XIX. 
Respondido por EduardoPLopes
189

A é falsa, pois ele afirma que os nativos são "inferiores", o que leva a crer que defenderia, ao contrário, a colonização.

B é falsa, ele não defende o extermínio indígena, e sim a sua "tutelagem" pelos "civilizados".

C é falsa, a sua posição era comum ao seu século, não sendo progressista.

D é falsa, ele pretendia justamente facilitar este processo ao descrever como "bárbara" cultura nativa.

E é verdadeira, de modo a apontar a cultura nativa como imperfeita, o que justificaria a sua substituição pela "superior" cultura europeia.

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