Filosofia, perguntado por monkeydluffy81, 7 meses atrás

1) Leia os textos abaixo e marque a alternativa correta.



Texto 1

A verdade é esta: a cidade onde os que devem mandar são os menos apressados pela busca do poder, e é a mais bem governada e menos sujeita a revoltas, e aquela onde os chefes revelam disposições contrárias está ela mesma numa situação contrária. Certamente, no Estado bem governado só mandarão os que são verdadeiramente ricos, não de ouro, mas dessa riqueza de que o homem tem necessidade para ser feliz: uma vida virtuosa e sábia.

(Platão. A República)

Texto 2

Um príncipe prudente não pode e nem deve manter a palavra dada quando isso lhe é nocivo e quando aquilo que a determinou não mais exista. Fossem os homens todos bons, esse preceito seria mau. Mas, uma vez que são pérfidos e que não a manteriam a teu respeito, também não te vejas obrigado a cumpri-la para com eles. Nunca, aos príncipes, faltaram motivos para dissimular quebra da fé jurada. (Maquiavel. O Príncipe)



É sabido que a virtude grega antiga era dada pela aretê (deriva aristocracia – dado o previlégio de que a virtude era seguir a própria natureza interna pré-determinada “espiritualmente” como nobre, pois, dado o classismo, nem todos tinham esta alma assim, porém Platão se refere especificamente ao “filósofo-Rei” como sendo a pessoa mais preparada, colocando o interesse público acima do interesse privado, mas o problema é que poucos teriam o direito ou credibilidade para serem o tal “filósofo-Rei”, era para poucos, ao passo que na Modernidade não existe mais a pré-determinação, sendo o conceito de natureza humana como egoísta; perverso; cruel; traiçoeiro e interesseiro. Já no texto 2, Maquiavel desenvolve uma tese que rompe com lógica estabelecida entre ética e poder. Seu pressuposto de que os homens são maus, faz com que o príncipe deva buscar manter o poder mediante estratégias que não possuem ligação com o comportamento virtuoso. Elementos como virtú (entendida como impetuosidade, coragem) e fortuna (entendida como ventura, oportunidade), somado a um conhecimento da moralidade (comportamento real) dos homens, são recursos que permitem ao governante agir de modo calculado, não objetivando o desenvolvimento de uma bondade natural nos homens como acredita Platão, mas tendo como foco a condução dos homens rumo a uma melhor condição de vida que não siga necessariamente o caminho da virtude enquanto retidão moral. Platão olha para o comportamento humano de forma idealizada, já Maquiavel olha o comportamento humano como ele é ou tem sido: egoísta, cruel, perverso e interesseiro, este é o realismo de Maquiavel, por isto sua força em fazer sentido até hoje!

Quais as diferenças entre os dois textos no que se refere à necessidade de virtudes pessoais para o governante de um Estado.





A) No texto 1 temos a virtude Antiga que era aristocrática, caracterizada como universal e para todo e qualquer homem; ao passo que no texto 2 temos a virtude como a resistência ao egoísmo e crueldade pessoal daquele que pretenda ter ou se manter no poder e gerir o estado.



B) Em ambos os textos a diferença reside no fato de que para Platão a natureza humana é má e egoísta; em Maquiavel a natureza humana inatamente é boa, devendo, porém, ser estimulada para tal.



C) No texto 2 temos a consideração de uma natureza humana orientada para o bem natural que deve ser desenvolvido., no texto 1 a consideração de uma natureza humana que privilegia o interesse próprio em detrimento do interesse público.



D) No texto 1 temos a consideração de um governante que põe o interesse público acima do interesse pessoal estando mais preparado e desenvolvido intelectual e moralmente, ao passo que no texto 2 o governante age de modo a não colocar o interesse público acima do interesse pessoal que sempre é afetado pela natureza humana egoísta e traiçoeira.

Soluções para a tarefa

Respondido por nayaraalvesferreira4
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Resposta:

no texto dois termos a consideração de uma natureza humana orientada para o bem natural que deve ser desenvolvido no texto um a consideração de uma natureza humana que regia o interesse próprio em detrimento ou interesse público

Explicação:

no texto 1 no texto 1 temos a consideração de um governante que põe interesses público acima dos interesses pessoal estado mais preparado e desenvolvido e moralmente ao passo que no texto dois governantes as de modo a não colocar o interesse público acima do interesse pessoal que sempre afetuado pela natureza humana egoísta é Traiçoeira

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