1) Leia o texto abaixo: “Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.” ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado). Após a leitura atenta do texto e de acordo com seus estudos sobre o totalitarismo e a ascensão do nazifascismo na Europa, EXPLIQUE qual a crítica presente no texto de Arendt.
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Arendt defendia a tese de que o fascismo dependia da banalização do mal, de modo que todos os horrores realizados pelos nazistas dependiam de que, de algum modo, as ações cotidianas necessárias para que acontecessem, como a prisão e extermínio das minorias, fossem ou vistas como normais ou afastadas da consciência das pessoas.
A crítica presente no texto é a ideia de que toda sociedade, por mais desenvolvida que seja, pode acabar caindo na mesma armadilha se permitir que o mal se torne uma coisa banal, se não promover a consciência moral, reflexão e a responsabilidade de cada um como valores básicos.
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