1.Leia o texto abaixo e produza um resumo informativo.
Aquecimento nas alturas .
A cordilheira do Himalaia, que se estende por 2.500 quilômetros em cinco países
asiáticos, produz cartões-postais deslumbrantes com seus paredões de gelo e suas
montanhas cobertas de neve, entre elas o Monte Everest, o mais alto do mundo. Para
1,3 bilhão de pessoas – um em cada seis habitantes do planeta – que vivem nas
regiões próximas ao Himalaia, a cordilheira também representa garantia de água farta
para abastecer cidades e irrigar plantações. Nas estações quentes, parte do gelo de
seus 15.000 glaciares se derrete e corre para uma malha de pequenos afl uentes de
grandes rios, como o Ganges, na Índia, e o Yang-tsé, na China. No inverno, as nevascas
repõem o gelo que se foi. Esse caprichoso ciclo das águas vem se alterando. Um
relatório divulgado há um mês pelo Icimod, um centro de pesquisas dos países da
região, em parceria com a ONU, mostra que os glaciares do Himalaia vêm encolhendo
em velocidade acelerada – entre 10 e 60 metros por ano. Na China, 5,5% deles já
desapareceram ao longo das últimas quatro décadas. O relatório se baseou em dados
obtidos recentemente por satélite e em pesquisas feitas nos últimos quarenta anos.
Calcula-se que grande parte dos glaciares do Himalaia poderá desaparecer até 2035.
Como no caso dos glaciares do Alasca, dos Andes e de outras regiões do planeta,
acredita-se que o culpado pelo fenômeno seja o aquecimento global. “A neve que cai
durante o inverno não tem sido sufi ciente para repor o gelo que desapareceu no último
século e, principalmente, nas décadas mais recentes”, disse a VEJA o geólogo Richard
Alley, da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos EUA, especialista em glaciares.
Caso as geleiras do Himalaia continuem a encolher no ritmo atual, dois tipos de
catástrofe poderão ocorrer. Primeiro, o grande volume de água que chegará aos
grandes rios asiáticos causará inundações em série, muitas delas súbitas como um
pequeno tsunami. Quando um glaciar se derrete, nem sempre a água corre diretamente
para o rio mais próximo. Dependendo do relevo à sua volta, a água fi ca represada em
gigantescos lagos. Se as margens desses lagos se rompem, em consequência de
uma avalanche, por exemplo, as águas se espalham com violência e carregam tudo
pelo caminho. Foi o que ocorreu em 1985, no Nepal, quando o colapso de um lago
inundou o Vale Langmoche, matou vinte pessoas, destruiu uma usina hidrelétrica
recém-construída, catorze pontes, trinta casas e vastas áreas de terra cultivada.
Segundo o relatório do Icimod e da ONU, existem no mínimo 9.000 lagos glaciais
espalhados pelos cinco países pelos quais se estende o Himalaia – China, Índia,
Nepal, Butão e Paquistão. Num prazo mais longo, o desaparecimento dos glaciares do
Himalaia e, consequentemente, das águas que descem das montanhas vai diminuir
drasticamente o volume dos rios asiáticos, provocando secas. Cerca de 70% das águas
do Rio Ganges vêm de afl uentes alimentados pelos glaciares do Nepal. Uma queda
drástica do nível do Ganges afetaria 37% do território cultivado da Índia e deixaria
500 milhões de habitantes expostos à falta d’água. O estudo sobre os glaciares do Himalaia confi rma a teoria dos cientistas de que o
aquecimento global tem atingido as regiões mais elevadas do planeta com a mesma
intensidade com que se abate sobre os pólos. Um exemplo disso é a diminuição da neve
no topo do célebre Monte Kilimanjaro, na Tanzânia. Na semana passada, uma pesquisa
divulgada pela agência meteorológica do governo do Tibete mostrou que a temperatura
nas áreas mais altas da província vem subindo 0,3 grau a cada dez anos. Essa elevação
é maior do que a verifi cada nas temperaturas médias da Terra, de 0,7 grau nos últimos
100 anos, e semelhante à dos polos – entre 0,2 e 0,5 por década. “Seja no Himalaia,
nos Andes ou na África, a temperatura sobe mais nos pontos mais altos do planeta”,
diz o glaciologista Lonnie Thompson, da Universidade do Estado de Ohio. Sabe-se que,
no caso dos polos, o aumento acelerado da temperatura se deve ao aquecimento
das águas dos oceanos. No caso das altas montanhas do Tibete e do Himalaia,
ocorreria fenômeno semelhante. O crescente calor emanado pelos oceanos alcançaria
a troposfera, justamente onde se encontram os picos gelados. Pesquisas mostram
também que as temperaturas sobem mais nos trechos mais altos das montanhas do
que em sua base. É justamente esse fenômeno que torna o derretimento da cordilheira
do Himalaia uma ameaça às populações que hoje se benefi ciam de suas águas.
(Veja, 1 ago. 2007).
2. Agora, escolha um texto de sua preferência, que pode ser um artigo de qualquer
revista ou um texto da sua área de estudo. Leia quantas vezes forem necessárias
e produza um resumo crítico.
Soluções para a tarefa
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É importante que um resumo contenha todas as partes mais relevantes do texto, incluindo o seu desfecho.
Para fazer um bom resumo, você pode seguir as orientações abaixo:
- Leia o material com bastante atenção, e releia se for preciso;
- Procure pelos pontos fundamentais do conteúdo e pelos conceitos mais relevantes;
- Faça uma organização das ideias principais;
- Agora é só escrever o texto utilizando suas próprias palavras. Seja claro.
- Divida seu resumo em introdução, desenvolvimento e conclusão.
- Atente-se para a ortografia correta das palavras.
Veja aqui um exemplo de resumo:
- brainly.com.br/tarefa/21164028
Bons estudos!
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