1 — Leia o texto abaixo e faça o que se pede.
A economia no Brasil Imperial
A forma como o Brasil foi inserida na economia mundial traçou alguns dos contornos da organização eco-
nômica e social, sendo geradora de desequilíbrios e desigualdades que se mantêm até hoje em nosso país.
Apesar da diversidade econômica que a América Portuguesa apresentava no final do século XVIII,
após nossa independência política, em 1822, continuou a predominar, no Brasil, o modelo herdado do
período colonial, baseado no latifúndio monocultor escravista. A estrutura agrária do país foi (e é) con-
centradora de riquezas e de renda. Exemplo da preservação da estrutura exportadora do tipo colonial
foi a cultura cafeeira, que repetiu a dinâmica das plantations escravistas.
Esse tipo de inserção na economia mundial – a reiteração da vocação agroexportadora, baseada no la-
tifúndio - impediu a ascensão de um efetivo processo de industrialização no país, até pelo menos a tercei-
ra década do século XX, e foi, em parte, responsável pela concentração da riqueza nas mãos de poucos.
Segundo o analista Basílio Sallum Jr., por maiores que tenham sido as mudanças observadas no
Brasil na última década do século XX, o país ainda não conseguiu se desprender de sua condição de
país periférico, não obstante se inclua entre as sociedades mais dinâmicas da periferia. Para romper
com a condição periférica, afirma Sallum, é preciso tratar da inclusão econômica e social da maioria
da população brasileira, que permanece às margens das conquistas materiais da civilização moderna.
Essa afirmação levanta duas questões importantes. A primeira é a possível explicação da depen-
dência e do caráter periférico de nosso país, baseando-se exclusivamente nas especificidades de seu
processo histórico. A segunda é a constatação de que a história do país está inserida em um processo
mais abrangente que é o do capitalismo mundial. Porém, cabe uma ressalva ao autor. No que se refere
ao primeiro ponto, não se pode conceber o passado como um “pecado original”, ou seja, alguma coi-
sa que já nasce com o país. Se assim fosse, não se teria observado nenhuma mudança no Brasil des-
de o momento em que se iniciou o nosso processo de colonização. Embora o passado possa ajudar a
compreender e refletir sobre o presente, há de se tomar cuidado para não incorrer em simplificações
históricas, fugindo sempre da ideia da inevitabilidade deste presente em razão do passado. Não custa
reiterar que o Brasil, hoje, é uma potência emergente, respeitada no cenário mundial. No que se refere
ao segundo ponto, apesar da importância prioritária de se estudar a trajetória econômica do nosso
país, é impossível esquecer que, desde os primeiros anos da colonização, o Brasil esteve inserido em
processos mais globais, que devem também ser analisados.
Neste capítulo, você vai estudar a economia do Império brasileiro, muito frágil no Primeiro Reinado
e pujante, embora dependente, no Segundo, em razão da produção do café e de outros produtos agrí-
colas de exportação. Vai ver ainda o surto industrial desencadeado pelo Barão de Mauá, de curta vida.
Sem dúvida, era uma dinâmica econômica bem diferente da atual.
a) Por que, apesar da diversidade econômica que a América Portuguesa apresentou no final do
século XVIII, continuou a predominar, no Brasil, o modelo baseado no latifúndio monocultor
escravista?
b) Qual foi o obstáculo à ascensão de um efetivo processo de industrialização no país?
c) Qual a posição do analista Basílio Sallum Jr. acerca da economia brasileira?
d) Quais são as duas questões importantes que se colocam a partir da posição de Basílio Sallum Jr.?
e) Como caracterizar a economia brasileira no Primeiro e no Segundo Reinados?
Soluções para a tarefa
Resposta: A) A estrutura agrária do país foi (e é) concentradora de riquezas e de renda.
Exemplo da preservação da estrutura exportadora do tipo colonial foi a cultura cafeeira, que repetiu a dinâmica das plantations escravistas.
B) A reiteração da vocação agroexportadora, baseada no latifúndio
C) Por maiores que tenham sido as mudanças observadas no
Brasil na última década do século XX, o país ainda não conseguiu se desprender de sua condição de país periférico, não obstante se inclua entre as sociedades mais dinâmicas da periferia.
Para romper com a condição periférica, afirma Sallum, é preciso tratar da inclusão econômica e social da maioria da população brasileira, que permanece às margens das conquistas materiais da civilização moderna.
D) A primeira é a possível explicação da dependência e do caráter periférico de nosso país, baseando-se exclusivamente nas especificidades de seu processo histórico.
A segunda é a constatação de que a história do país está inserida em um processo mais abrangente que é o do capitalismo mundial.
E) Período regencial - Transição entre o primeiro e o segundo reinado foi turbulenta.
O período regencial brasileiro durou praticamente uma década: de 1831 a 1840.
Trata-se da fase de transição entre o primeiro e o segundo império - ou seja, o período compreendido entre os reinados de D. Pedro
Explicação:
a) Porque esta era naquela época (e também nos dias de hoje) uma maneira de concentrar riqueza e renda. Ela garantia maiores lucros para os grandes fazendeiros da época, dificultando a mobilidade social e o acesso à terra aos mais pobres.
b) O fato do Brasil se inserir na economia mundial baseada em um modelo agrário, tendo o café como seu principal produto. O foco maior no período era nas fazendas de café ao invés de promover o seu processo industrial.
c) Segundo o analista, os avanços observados ao longo do século XX, não foram suficientes para fazer com que o Brasil deixasse de ser um país periférico, apesar de ser uma das sociedades mais dinâmicas da periferia.
Para que o Brasil, deixasse esta condição, é necessário que ele consiga tratar da condição econômica e social da sua população, que permanece à margem de qualquer avanço social.
d) A primeira é a possível explicação para o fato de Brasil ser um país ainda periférico, baseando no passado histórico do país, marcado pela desigualdade e na concentração de poder nas mãos de uma minoria.
A segunda é o fato do país está inserido em um processo mais abrangente que é a do capitalismo mundial.
e) A economia brasileira durante o Primeiro Reinado a economia brasileira era muito frágil com o Brasil comercializando produtos de baixo valor agregado como o algodão, tabaco e açúcar.
No Segundo Reinado mais forte em virtude do café, apesar de muito dependente da produção de café e outros produtos agrícolas para a exportação.
A economia do Brasil Imperial é marcada pela ascensão do café que superou o açúcar como produto de exportação brasileiro. O café uniu o centro político ao centro econômico, contribuindo para a consolidação do Estado Imperial.
Bons estudos!
Veja mais sobre o assunto em:
brainly.com.br/tarefa/30427518
e pujante, embora dependente, no Segundo, em razão da produção do café e de outros produtos agrícolas de exportação.