1. Leia o texto a seguir, escrito pelo historiador Jurandir Malerba, e responda ao que se pede.
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Quanto a afirmar que a chegada da corte protelou a independência, eu diria que sim e que não. Sim, porque a chegada do rei ao Brasil abriu para o lado mais forte da contenda (as classes superiores brasileiras) a possibilidade de vislumbrar saída menos traumática que a ruptura. Não, porque a vinda de corte significou um passo decisivo, do qual não haveria como retroceder. De um modo ou de outro, pela conciliação ou pela ruptura, estava lançada a pedra fundamental da independência.
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MALEBRA, Jurandir. Esboço crítico da recente historiografia sobre a independência do Brasil (c. 1980-2002).
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In: A independência brasileira: novas dimensões. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 33.
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Sobre qual evento o historiado está refletindo em seu texto? Para ele, esse evento colaborou para protelar (ou seja, adiar) a independência do Brasil? A que conclusões o historiador chega a respeito desse tema?
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2. Como a transferência da famílias real portuguesa para o Rio de Janeiro contribuiu para a eclosão da Revolução Pernambucana de 1817?
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3. Você estudou que a independência de diversos países da América aconteceu por meio de conflitos e guerras. A pintura abaixo, feita por Georgina de Albuquerque, representa uma sessão do Conselho de Estado, cinco dias antes da proclamação da independência. Ela expressa algum tipo de conflito? Que hipóteses você consegue elaborar, ao observar a obra, para explicar a forma como se deu o processo de independência do Brasil? Pode-se afirmar que esse processo contou com a participação da população, incluindo os indígenas e os negros?
Soluções para a tarefa
Resposta 1 + 2 + 3:
1 - Se refere à transferência da família real portuguesa para o Rio de Janeiro.
Para ele esse evento colaborou para protelar a independência e, ao
mesmo tempo, contribuiu com o desenvolvimento do processo de
emancipação política do Brasil. E segundo o autor, a transferência da
família real possibilitou que as elites vislumbrassem uma saída amena e
sem rupturas para as contradições na relação entre colônia e metrópole.
2 - A transferência da família real para o Rio de Janeiro transformou a cidade no centro econômico do Brasil. Assim, o Rio de Janeiro passou a receber privilégios do governo, enquanto outras regiões do Brasil, como o Nordeste, viram aumentar os impostos para custear a instalação da Corte.
3 - Não. É possível elaborar que a pintura sugere que o processo de independência ocorreu a margem da população. Nos momentos decisivos, grupos instalados no poder é que decidiram por que e como o processo se daria. Nada sugere a presença ou a participação da população, muito menos do indígena e do negro.
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1) O historiador está se referindo em seu texto ao evento da vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1808. O historiador acredita que a vinda da corte para o Brasil, pode ter adiado a independência do Brasil, ao mesmo tempo que defende que ela tenha contribuído para a independência tenha acontecido.
O autor não chega a nenhuma conclusão, defendendo os dois pontos de vista como sendo válidos.
2) A transferência da Família Real portuguesa contribuiu para a eclosão da Revolução Pernambucana porque para que a corte se mantivesse no Brasil, os impostos foram aumentados, sem que houvesse retorno deste aumento para as províncias, como Pernambuco. O aumento seria apenas para melhorar a cidade do Rio de Janeiro, novo local de moradia da Família Real.
Pernambuco passou a pagar 10% sobre a produção de algodão, que na época era o seu produto mais importante e ainda foi criada uma taxa para manter a iluminação pública do Rio de Janeiro, o que trouxe revolta para as elites da região.
3) A imagem do Conselho de Estado não expressa conflito, apenas certa apreensão por parte dos participantes. Ao observar a obra, é possível levantar a hipótese de que uma parte do processo de independência (assim como as outras) ocorreu sem a participação popular.
Ela foi feita através do Conselho de Estado, onde a imperatriz Leopoldina, que estava no lugar do príncipe regente neste dia, assinou um decreto que proclamava a independência do Brasil.
Não houve a participação no processo retratado na imagem de indígenas, negros ou qualquer outra pessoa pertencente à camada popular.
Após a assinatura do decreto, o príncipe regente foi informado através de uma mensagem enviada para o local onde ele estava, de que o Brasil havia se separado de Portugal oficialmente.
Bons estudos!
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