1- Leia o texto a seguir e responda às questões logo abaixo.
“Desde o momento em que os Estados-Gerais estiveram reunidos, era bastante claro que o esclarecido programa de reformas e progresso com o qual, em princípio, todos os homens de boa vontade e educação concordavam, nobres e outros, não seria feito como uma reforma vinda de cima, pela monarquia – como eles todos aspiravam – mas sim por um novo regime. Foi feito por uma revolução, ou seja, uma revolução vinda de baixo, pois uma revolução vinda de cima, por mais desejável que seja na teoria, decididamente não era mais uma opção em 1789, se é que algum dia o fora. De fato, essa revolução jamais teria sido feita se não fosse a intervenção do povo comum.”
Eric Hobsbawm. Ecos da Marselhesa: dois séculos reveem a Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 40.
a) Qual é a visão do autor sobre a Revolução Francesa?
1 ponto
b) Qual foi a importância da participação popular na Revolução Francesa?
1 ponto
c) O autor considera o povo uma grande força capaz de mudar as estruturas. Você concorda? Como isso ocorre? Exemplifique.
1 ponto
Soluções para a tarefa
a) Qual é a visão do autor sobre a Revolução Francesa?
O historiador Eric Hobsbawm tem uma visão claramente romântica a respeito da Revolução Francesa, apontando uma espécie de força subjetiva que tomava o povo para realizar mudanças estruturais.
b) Qual foi a importância da participação popular na Revolução Francesa?
Hobsbawm aponta que o povo teve uma grande relevância, pois promoveu uma revolução vinda de baixo, instalando um regime popular, por meio de uma revolução que era, segundo ele, inevitável.
c) O autor considera o povo uma grande força capaz de mudar as estruturas. Você concorda? Como isso ocorre?
Correto. Hobsbawm parte de uma perspectiva marxista, e assume que é apenas através das ações populares que a estrutura do mundo pode mudar. Aliás, ele assume que é inevitável que isso ocorra, como se vê pelo próprio texto, uma vez que o marxismo é uma teleologia: busca sempre um fim superior.