1-Leia o texto a seguir.
A Carta de Pero Vaz de Caminha
Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e
quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas,
que, certo, assim pareciam bem. Também andavam
entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que
assim nuas, não pareciam mal.
Entre elas andava
uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a
nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o
resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os
joelhos com as curvas assim tintas, e também os
colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com
tanta inocência assim descoberta, que não havia
nisso desvergonha nenhuma.
A partir da leitura do trecho, é possível afirmar que o excerto pertence ao movimento literário
(A) Barroco, pois manifesta conflitos e oposições do narrador.
(B) Trovadorismo, pois demonstra um viés litúrgico e melódico.
(C) Humanismo, pois apresenta uma prosa doutrinária, dirigida à nobreza.
(D) Quinhentismo, pois trata-se de uma escrita de
(E) Realismo, pois o ambiente social é valorizado, assim como o contexto político e econômico.
2-Leia a tirinha a seguir.
Essa tirinha pode ser associada, corretamente,
(A) ao Quinhentismo no Brasil, pois as cartas escritas pelos jesuítas descreviam o trabalho dos missionários na
preservação das crenças.
(B) ao Quinhentismo no Brasil, pois a literatura desse período tinha como um de seus objetivos informar
Portugal sobre as novas terras e incentivar a vinda de colonos.
(C) a Os Lusíadas, pois Camões se utiliza de elementos da mitologia indígena para elaborar a parte ficcional de
sua epopeia.
(D) a Os Lusíadas, visto que o foco central da narrativa são as viagens realizadas pelos portugueses para
descobrir e colonizar terras.
(E) ao Barroco, pois, em seus sonetos, Gregório de Matos valoriza a sensualidade da mulher indígena e
menospreza a mulher europeia.
3-Leia o texto a seguir.
Sermão da Sexagésima
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações,
nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se
semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o
fruto?
Não há um homem que em um sermão entre em
si e
se resolva, não há um moço que se arrependa, não
há
um velho que se desengane. Que é isto? Assim
como
Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua
palavra não é hoje menos poderosa do que dantes
era.
Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a
palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por
que
não vemos hoje nenhum fruto da palavra de
Deus?
Esta, tão grande e tão importante dúvida, será a
matéria do sermão. Quero começar pregando-me
a
mim. A mim será, e também a vós; a mim, para
aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir.
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo:
Edameris,
1965.
No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira questiona a eficácia das pregações. Para tanto,
apresenta como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as quais têm por objetivo principal
(A) provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o conteúdo que será abordado no sermão.
(B) conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os temas abordados nas pregações.
(C) apresentar questionamentos para os quais a Igreja não possui respostas.
(D) inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre a eficácia das pregações.
(E) questionar a importância das pregações feitas pela Igreja durante os sermões.
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