1.Leia o poema:
Não há vagas-Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
verdadeiro ou falso
a-O autor afirma, nas entrelinhas do poema, que o preço das coisas anda muito alto, daí o motivo por não caberem no poema.
b-O poema é uma crítica aos supermercados que vendem produtos de má qualidade, produtos que não cabem nos poemas.
c- Percebemos que o poema, escrito nos anos 70, é extremamente atual, pois fala de assuntos do momento como a alta no preço do gás de cozinha nos últimos meses.
d- O eu-lírico dirige-se diretamente ao interlocutor no verso: “...porque o poema, senhores, está fechado.”
e-O poeta retoma, nos versos finais, os problemas citados anteriormente e afirma que ninguém dá importância a eles.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
A)Verdadeiro
b)Falso
c)Verdadeiro
d)Verdadeiro
e)Verdadeiro
Perguntas interessantes